Presentes armados

Loja de presentes que vendia munições é fechada na CIC

Uma loja de presentes na Vila Barigui na Cidade Industrial de Curitiba foi fechada pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira (14).  Entre carrinhos, bonecas, pilhas, carteiras e objetos em geral, a loja na Rua Cid Campelo vendia munições de vários calibres.

O funcionário Paulo Vinícius Garcia, 19 anos, e o gerente Abimael Gehrk de Almeida, 29, foram presos. Na loja foram apreendidos 135 projéteis. 60 de calibre 38, cinco de calibre 32, 50 de calibre .40, 17 de calibre 9 milímetros e três de calibre 45.

Além disso, os policiais encontraram também aproximadamente 500 CDs piratas que estavam à venda e foram apreendidos. Os policiais chegaram à loja através de uma denúncia anônima.

“Quando recebemos a informação, até desconfiamos da veracidade, mas não demorou muito a descobrirmos que a venda realmente acontecia”, contou o delegado Rodrigo Brown.

O primeiro a se preso foi o funcionário da loja, que estava sozinho no estabelecimento. Segundo a polícia, a proprietária do local é uma senhora de aproximadamente 60 anos.

“Ela é a mãe do gerente e foi levada a delegacia para prestar esclarecimentos. Quando estávamos ouvindo o depoimento dela, o filho chegou e se apresentou como responsável pelo material encontrado na loja”, explicou o delegado. A mãe contou que não sabia dos projéteis.

Apesar de assumir a propriedade, o gerente negou que vendia os projéteis, mas a informação foi desmentida pelo funcionário. “O rapaz contou que vendiam e disse que custava aproximadamente R$ 6”, disse.

Crimes

Segundo o delegado Rodrigo Brown, as munições eram vendidas para bandidos da região. “Os projéteis ficavam expostos e qualquer um podia comprar livremente. Sem dúvida nenhuma, podemos dizer que eles contribuíam diretamente com crimes sérios que aconteceram nas proximidades da CIC, como homicídios”.

O gerente Abimael Gehrk de Almeida já tinha passagens pela polícia, segundo o delegado. Os dois permanecem presos na carceragem do 11º Distrito Policial, que está com aproximadamente 100 presos em um espaço para 36.

Além dos crimes de posse e venda ilegal de munição, gerente e funcionário vão responder também pelo crime de violação de direitos autorais pelos CDs piratas. Podem ficar até 10 anos atrás das grades.