Líder do PCC julgado em Curitiba

Um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Daniel Vinícius Canônico, o ?Cego?, chega hoje a Curitiba para um julgamento no Tribunal do Júri da capital. O criminoso, atualmente detido no presídio de Presidente Bernardes, interior de São Paulo, é porta-voz do líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o ?Marcola?. Canônico esteve preso em Curitiba até 2000, quando participou de uma fuga do presídio do Ahu com mais sete presos. Ele é acusado de comandar a fuga, que resultou na morte de um policial militar.

O julgamento de Daniel Canônico será presidido pelo juiz da Segunda Vara do Tribunal do Júri, Rogério Etzel. O porta-voz de Marcola terá julgamento a portas fechadas, devido a seu alto grau de periculosidade. Ele vem a Curitiba de avião, sob escola reforçada.

Em fevereiro de 2000, Canônico coordenou uma fuga considerada cinematográfica da antiga Prisão Provisória de Curitiba. Armado, ele e os outros presos renderam o motorista de um caminhão da limpeza pública da prefeitura, tomaram o veículo e o jogaram contra o muro do presídio. Ao tentar impedir a fuga, um dos policiais que estava na guarita, João Carlos Vilas Boas, foi morto com um tiro no peito.

O tiro teria saído da arma de outro preso, Vanderlei Just, já condenado. No entanto, Canônico também deve ser responsabilizado pela morte, uma vez que teria sido ele quem conseguiu as armas, além de ter elaborado o plano de fuga. Do grupo que escapou da prisão, Canônico foi um dos que não foram recapturados pela polícia do Paraná. Ele foi preso posteriormente em São Paulo, onde cumpre pena até hoje.

Política

Recentemente, o porta-voz de Marcola esteve na mídia depois que a polícia de São Paulo divulgou escutas telefônicas em que ele relatava a um de seus advogados a intenção de o PCC se aproximar de partidos políticos, a fim de financiar campanhas.

O advogado que o defende, e que consta no site do Tribunal de Justiça do Paraná como seu defensor no julgamento de hoje, é Jerônimo Ruiz Andrade Amaral, preso em flagrante no último dia 2, quando foi pego levando celulares para líderes do PCC na prisão. Em vista disso, não se sabe quem acompanhará o criminoso durante o julgamento. 

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