Justiça decreta preventiva de ladrão baleado no Batel

Acatando pedido da polícia, a Justiça decretou a prisão preventiva do assaltante Leandro Vizintin, 22 anos, que foi baleado na noite de terça-feira, durante tentativa de roubo ao sargento do Exército Adilson Otto Júnior, 27 anos. Na ocasião, o militar – que reagiu – matou o cúmplice de Leandro, Paulo Roberto Promblon, conhecido por "Tatá", 23, mas também foi ferido por dois tiros. Leandro deixou o Hospital do Trabalhador às 16h de ontem e foi levado diretamente para o xadrez da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Ele já possui vários antecedentes criminais.

O delegado Naylor Robert de Lima, da DFRV, explicou que não pode autuar o acusado em flagrante porque ele foi hospitalizado. Mas com a decretação da preventiva, ele ficará recolhido no xadrez. "Acreditamos que ele e o comparsa praticaram outros roubos semelhantes", comentou o delegado, que aguarda que o sargento receba alta para ouvi-lo. Otto Júnior levou dois tiros – um nas costas e outro na axila – e está internado no Hospital Evangélico, mas não corre risco. "O Paulo Roberto também tinha passagens por furto de veículos", ressaltou o delegado.

Roubo

A jovem, de 21 anos, que acompanhava o sargento no momento do assalto, prestou depoimento na tarde de quarta-feira, na delegacia. "Ela declarou que não é namorada do sargento, e sim ex-aluna dele", salientou o delegado. Naquela noite o sargento encontrou seus ex-alunos para tomar um café de despedida, já que ele seria transferido para Santa Catarina. Como a estudante estava com o material escolar, ele sugeriu que ela deixasse guardado no carro, enquanto outros estudantes aguardavam na panificadora onde aconteceria a confraternização.

Assim que o sargento abriu a porta do Peugeout 206, placa ALR-3257, estacionado na Avenida Sete de Setembro, quase esquina com a Rua Bento Viana, Leandro e Paulo se aproximaram. Armados com um revólver, os dois anunciaram o roubo e exigiram a entrega das chaves do carro. Os bandidos avisaram que iriam levar a jovem junto. O militar, para protegê-la, disse que ela era sua mulher e que iria também. "O sargento saiu conduzindo o veículo e os marginais queriam que ele entrasse na contra-mão. O sargento negou a ordem, dizendo que era perigoso", revelou o delegado. Nesse momento Otto Júnior destravou as portas do carro e a jovem se atirou para fora, com o carro em movimento. Os marginais entraram em luta corporal com o militar dentro do automóvel, que desgovernado, bateu contra um poste. "Os disparos foram efetuados dentro do veículo, mas a briga continuou do lado de fora", contou Naylor.

O depoimento da jovem foi importante. "A PM nos repassou que seria um assalto, mas não sabíamos como tinha acontecido", frisou. Naylor solicitou às pessoas que reconhecerem Leandro, que entrem em contato com a DFRV através do telefone 3329-6744.

Voltar ao topo