A Justiça Federal do Paraná condenou Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, a 28 anos e oito meses de prisão, além do pagamento de multa. Ele responde pelos crimes de tráfico de armas e drogas e lavagem de dinheiro.
A sentença foi proferida, na última segunda-feira, pelo juiz Sérgio Fernando Moro, da 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Mesmo preso, Beira-Mar era investigado através da Operação Fênix, por dar ordens à sua megaquadrilha de dentro da cadeia. Durante as investigações, outras 13 pessoas foram condenadas, inclusive a esposa e o filho de Beira-Mar. Da decisão, em primeira instância, cabe recurso no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
Através de investigações e escutas telefônicas, constatou-se que, enquanto preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, Beira-Mar dava ordens através do celular.
Depois que foi transferido às Penitenciárias Federais de Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS) – onde está recolhido atualmente – comandava seus subordinados através de mensagens entregues a visitantes e cartas.
Apreensões
Como resultado das investigações, foram apreendidas com a quadrilha 462 quilos de cocaína, 28 de maconha, 22 de crack, 5,8 de haxixe, duas metralhadoras, dois fuzis, duas pistolas e 1.477 munições.
Segundo a Justiça, o grupo tinha duas bases no Paraguai, de onde partiam as drogas e armas por avião até o Paraná. Daqui, eram transportadas em veículos para o Rio de Janeiro.