Em plena luz do dia, sem se importar com quem passava ao lado, sete rapazes e duas moças, bem vestidos, com tênis da moda e roupas nas cores do time de predileção, deram uma paradinha ao lado do Couto Pereira, por volta das 16h30, para cheirar carreiras de cocaína, milimetricamente distribuídas num pedaço de papelão marrom, acomodado em cima do muro de uma residência.
Sorridentes, conversando animadamente, um aguardava o outro consumir a droga, como se estivessem dividindo uma inocente maçã, na hora do recreio. Muita gente via e não percebia o que estava acontecendo.
Outros percebiam e não acreditavam no que viam. A atitude dos jovens indicava a facilidade com que a droga é conseguida e consumida. Não há mais limites nem mais vergonha.
Ao que parece também não está havendo repressão nem orientação. Pais desavisados certamente estão alheios a estes acontecimentos e quando menos esperarem, poderão ir em busca dos filhos no “mocó” do traficante ou no necrotério do Instituto Médico Legal.
O jogo da droga é duro. É cruel. Todos são perdedores. As autoridades “que se liguem” e que os pais “caiam na real”. As imagens estão aí, como um grito de alerta.