Invade casa e mata três

Uma casa simples de madeira, localizada na Rua Bartolomeu Lourenço de Gusmão, Jardim Ipê, em São José dos Pinhais, transformou-se no cenário de uma chacina na manhã de sábado. Graças a agilidade de uma moradora que conseguiu escapar com vida, uma família inteira não foi dizimada. Três adultos, entre eles um casal de namorados, foram executados e uma criança – de apenas 5 anos -, foi ferida. O motivo do crime, assim como a identificação da autoria, ainda estão sendo apurados pela polícia.

De acordo com o soldado Almeida, que atendeu a ocorrência com o cabo Toledo, ambos da Polícia Militar, por volta das 7h30 a casa foi invadida por um homem armado que surpreendeu os moradores dormindo em seus quartos. No primeiro aposento estava o casal Aguinaldo de Oliveira Júnior, 23 anos, – que era deficiente físico – e Maria Cristina Ribeiro Duarte, 24. Os dois receberam tiros ainda na cama. No segundo quarto, dormia a mãe de Aguinaldo, Adair Nunes dos Santos Oliveira, 45. Ela também foi baleada e caiu sem vida, na entrada do cômodo.

Criança

O invasor, após os tiros, partiu para a segunda casa, situada nos fundos do terreno. A casa estava ocupada apenas por Kauane Cristina de Oliveira Ribeiro, 5, e sua mãe Kelly. Ao ouvir os disparos, Kelly levantou rápido e saiu para verificar o que estava acontecendo. Ao ver o intruso vindo em sua direção, tratou de fugir, pulando o muro, para pedir ajuda.

O assassino não percebeu a fuga da jovem e invadiu a casa, provavelmente para exterminar os ocupantes. Como encontrou apenas a pequena Kauane deitada num colchão estendido no assoalho, baleou-a no pé. Depois de cometer a barbárie, ele desapareceu.

Socorro

O Siate foi acionado e, ao chegar no local, os socorristas encontraram Maria Cristina ainda respirando. Em estado gravíssimo ela foi encaminhado ao Hospital Cajuru, mas não resistiu. Aguinaldo e sua mãe Adair foram encontrados sem vida. A pequena Kauane também foi encaminhada ao hospital.

Em conversa com testemunhas, os policiais do 17.º Batalhão conseguiram obter informações sobre o possível autor. Trata-se de um homem conhecido por "Dé". PMs se deslocaram até a residência da mãe do suspeito, situada a algumas quadras do local do crime, mas não conseguiram encontrá-lo. De acordo com o soldado Almeida, o suspeito era tido como amigo da família. O policial ressaltou a possibilidade de um outro comparsa também ter participado das execuções. "Foram encontrados nos quartos projéteis de pistola 380 e as perfurações são de calibre 38 (revólver)", relatou Almeida. Diante do achado, a polícia trabalha com a possibilidade do autor ter invadido o local portando duas armas ou contou com o auxílio de um comparsa. As vítimas receberam balaços no peito.

Motivo seria briga em boteco

Logo após o triplo homicídio, investigadores de São José dos Pinhais descobriram que o provável motivo do crime estaria relacionado com algo ocorrido no interior do bar de propriedade de Adair, durante a madrugada. Adair baixou as portas do boteco por volta das 23h – conforme determina a lei do município -, entretanto os freqüentadores que estavam dentro puderam continuar tomando suas bebidas e jogando sinuca. Um deles seria "Dé", que foi visto saindo nervoso do local, durante a madrugada.

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