Incinerada cocaína apreendida no porto de Paranaguá

As 3,8 toneladas de cocaína pura apreendidas, na última quinta-feira, no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), no litoral do Paraná, foram encaminhadas por volta de 17h de ontem a uma empresa de cimento de Rio Branco do Sul para serem incineradas.

A cocaína chegou, na manhã de ontem, à Superintendência da PF no Paraná, no bairro Santa Cândida, na capital. Esta, segundo a PF, foi a segunda maior apreensão de cocaína do País e a maior da história do Paraná. A pesagem da droga, que foi apreendida à tarde, só foi concluída de noite e totalizou exatamente 3.778 quilos.

O pedido para queimar a droga foi encaminhado à Justiça na manhã de ontem para que a droga não ficasse por muito tempo sob a custódia da PF. Segundo a Comunicação Social da PF no Paraná, a destruição foi autorizada após a retirada pela perícia criminal federal de pequena quantidade da droga que ficará  apreendida no processo. O trabalho de incineração estava previsto para terminar por volta das 20h.

A droga, avaliada em R$ 300 milhões e que renderia sete vezes mais após ser “batizada”, estava escondida em meio a uma carga de madeira em cinco contêineres e seguiria para um porto da Romênia.

O delegado Wagner Mesquita de Oliveira, que chefiou a operação em Paranaguá, em conjunto com a Interpol e a Receita Federal, disse que a apreensão foi possível depois que a Agência Americana Antidrogas (DEA, na sigla em inglês) interceptou na semana passada 1,2 tonelada da droga na Romênia. “Fomos informados de que mais contêineres com cocaína chegariam em Paranaguá”, contou.

Mesquita acredita que a droga veio da Colômbia. A PF também divulgou que a empresa exportadora de São Paulo responsável pelos contêineres realizou oito remessas de cargas de madeira nos últimos dois anos no mundo todo. Até o início da noite de ontem, ninguém havia sido preso.