Identificada mulher assassinada no Tatuquara

Elza dos Santos Faria, 41 anos: esta é a identidade da mulher encontrada morta sexta-feira à tarde, no Tatuquara. O corpo foi reconhecido ontem de manhã pelo ex-amásio, Gaspasiano da Silva Alves, 58 anos. A mulher havia sumido no dia 18 e já estaria sendo ameaçada de morte.

Morador do Sítio Cercado, Gaspasiano conta que a ex-companheira vivia com os dois filhos na Moradias Santa Rita, no Tatuquara. Nos fins de semana ele costumava visitar a mulher e os enteados, como fez no dia 18 de maio, um domingo, última vez em que a viu. “Fui embora e depois ela me ligou, dizendo que iria a uma casa noturna no Pinheirinho. Sempre gostou de freqüentar bailão”, disse.

Elza foi sozinha ao estabelecimento e não deu mais notícias. No sábado, um dia depois de o corpo ser encontrado, Gaspasiano entrou em contato com os filhos da ex-companheira. “Ela não havia aparecido desde domingo. Os filhos pensavam que estava na minha casa”, disse o ex-amásio. Ele conta que resolveu procurá-la depois que teve uma “visão de dois tiros de revólver”. “Liguei na mesma hora para o filho dela e falei que a haviam matado”, conta o homem.

Ameaça

Elza estava nua e em estado de decomposição ao ser localizada, mas Gaspasiano a reconheceu pela marca da cesariana e por uma cicatriz no supercílio. “Conhecia bem o corpo dela, não tem erro”, disse o homem.

Gaspasiano disse ainda que a mulher queixou-se de ter sido ameaçada – um homem teria lhe apontado a arma contra a cabeça há cerca de três meses. Ele não soube dizer quem seria essa pessoa, mas arrisca um motivo para o crime. “Acho que meteram ela em negócio de droga”, suspeita, frisando que Elza não consumia entorpecentes.

Crime

Elza foi encontrada num riacho próximo à Rua Ângelo Tosin, Campo de Santana, Tatuquara, às 13h40 de sexta-feira. Completamente nua, teve um galho de árvore introduzido nos órgãos genitais – a polícia suspeita que houve violência sexual. O superintendente Neimir Cristóvão, da Delegacia de Homicídios, disse ontem que os laudos revelando causas da morte e sinais de estupro ainda não chegaram à especializada. O policial acredita que, pela brutalidade empregada, o assassinato pode ter outra razão que não o estupro.

Voltar ao topo