Guerra sem fim entre gangues de Curitiba e Colombo

A briga entre gangues da Vila Esperança, em Curitiba, e a do Beco, do Campo Alto, em Colombo, não pára. Mais uma pessoa foi baleada, ontem à tarde, e outra, que havia sido ferida na quarta-feira, morreu no hospital. Até agora, em 24 horas a rivalidade deixou um morto e seis feridos.

Os marginais parece não estar poupando nem mesmo inocentes. Por volta das 14h30 de ontem, o deficiente mental Ivanildo Neves, 25 anos, estava na Rua Luiz Alberto Ferreira, no Campo Alto, quando foi ferido com vários tiros e socorrido pelo Siate. Os disparos foram atribuídos aos membros da Turma do Beco, que teriam atirado sem qualquer motivo. Os estampidos podiam ser ouvidos ainda quando socorristas atendiam a vítima no local. Ivanildo foi hospitalizado. Com a onda de violência, os moradores baixam as portas do comércio e se calam, com medo de serem as próximas vítimas.

Morte

Fotos: Átila Alberti

Ivanildo, deficiente mental, foi baleado ontem à tarde.

Na tarde de quarta-feira, quando começou a guerra declarada, integrantes da Turma do Beco foram até a Rua Theodoro Prazimoski, no Jardim Campo Alto, e atiraram contra Robson Antunes, 20, e outro rapaz, identificado como Júlio, que seriam integrantes da gangue da Vila Esperança.

Os dois foram socorridos pelo Siate, mas Robson morreu ontem, no Hospital Evangélico.

À noite, moradores denunciaram que dois indivíduos, identificados como Fernando e ?Nenê?, que seriam da Gangue do Beco, retornaram ao local à noite e efetuaram diversos disparos. Vanderson dos Santos, 21 anos, foi ferido com um tiro no pescoço, e Rafael dos Santos, 15 anos, na cabeça. José Carlos dos Santos Macedo, 21, o ?Carlinhos?, também foi baleado. Rafael foi socorrido pelo Siate e as outras vítimas, por populares. Todas foram encaminhadas ao Hospital Cajuru.

Investigação

Fotos: Átila Alberti

Gangues rivais se enfrentam na divisa.

O superintendente da delegacia do Alto Maracanã, José Braga, está levantando se as vítimas têm ficha criminal e se estão envolvidas com os grupos rivais, para, a partir de então, reforçar a investigação.

O policial estranhou Ivanildo ter sido baleado. ?Ele era deficiente, não fazia mal a ninguém. Os bandidos estão atirando em qualquer pessoa?, comentou.

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