Golpistas levam R$ 200 mil em empréstimos

Policiais Civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) prenderam seis suspeitos de tomar, ilegalmente, empréstimos em nome de funcionários públicos aposentados.

De acordo com o delegado-chefe da delegacia, Marcus Vinícius Michelotto, os golpes aplicados pela quadrilha já somaram R$ 200 mil. Na Operação Lisura, realizada na manhã de ontem, em Curitiba, os policiais ainda cumpriram outros sete de busca e apreensão.

Segundo o delegado, os seis presos na operação – Denize Aparecida Gabriel, Fernando Alessandro Gabriel Silveira, Thyago Gyorge Gabriel Silveira, João Silveira Filho, Ricardo Feitosa de Araújo e Miriam de Melo Correa – trabalhavam na Casa do Professor Primário, uma empresa que seria de Denize e que agenciava empréstimos a funcionários públicos.

No cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, na Casa do Professor Primário e na Associação dos Servidores Federais, Estaduais e Municipais do Paraná, também gerenciada por Denize, a polícia apreendeu, três veículos, computadores, além de farta documentação que comprova a fraude.

De acordo com Michelotto, a investigação começou há cerca de três meses, quando algumas vítimas começaram a prestar queixa na delegacia sobre empréstimos, descontados em suas folhas de pagamento e que eles não haviam feito.

“A partir do momento em que começamos a fazer os boletins de ocorrência desses casos, começamos a observar uma semelhança no modo como essas pessoas eram enganadas”, afirma.

Agência

A quadrilha agia por meio de uma empresa agenciadora de empréstimos para servidores públicos chamada Casa do Professor Primário. Os funcionários da Casa do Professor Primário faziam com que seus clientes deixassem os documentos e também a senha de acesso ao PRCONSIG (sistema para obtenção de financiamentos consignados em folha de pagamentos de funcionários públicos do Estado do Paraná).

“Além de fotocópias de documentos pessoais, comprovante de rendimento, de residência, dentre outros papéis, os funcionários desta empresa faziam com que seus clientes cedessem a sua senha, o que não é de praxe. Dessa maneira, os integrantes da quadrilha estavam com tudo o que era necessário para realizar novos empréstimos em nome dessa pessoa”, explica o delegado.