Goleiro Bruno contrata advogado paranaense

Conforme O Estado adiantou com exclusividade, na semana passada, o criminalista paranaense Cláudio Dalledone Júnior assumiu ontem a defesa do ex-goleiro Bruno Souza, acusado do sequestro e sumiço de sua ex-amante Eliza Samudio, que queria fazê-lo assumir a paternidade do filho dela.

Depois de um contato com o atleta na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), Dalledone informou que deixará a defesa de Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, braço direito do ex-goleiro e também réu no processo, para trabalhar exclusivamente para Bruno.

No contato com o ex-goleiro, Dalledone pediu que ele afastasse o outro defensor, o polêmico Ércio Quaresma, antes de ele assumir, e depois revelou que vai continuar com a mesma tese de defesa, ou seja, de que nada aconteceu, já que o corpo de Eliza Samudio (provavelmente assassinada) não foi encontrado.

Dalledone havia acompanhado, na quarta-feira passada, o depoimento do perito George Sanguinetti, em Alagoas, contratado pela defesa de outro envolvido (Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”) que disse não ter encontrado pistas do assassinato de Samudio.

O perito chegou a dizer que este é um “homicídio virtual”, pois não há provas concretas de que aconteceu, além das acusações feitas por um menor, primo de Bruno.

Afastamento

Quaresma se viu obrigado a deixar o caso, após ser filmado fumando crack em uma boca de fumo numa favela da capital mineira, em companhia de traficantes (em 29 de outubro).

Quando soube da existência do filme, veio a público dizer que é viciado há oito anos e que há um ano e meio trava uma luta para abandonar a droga. Ele faz tratamento psiquiátrico e está escrevendo um livro junto com o médico, para narrar o drama de quem consome o crack.

Diante dos fatos, o Conselho de Ética Ordem dos Advogados do Brasil -Seção Minas Gerais (OAB-MG) entrou em cena, anunciando um pedido de suspensão de Quaresma.

O julgamento marcado para o próximo dia 30, será a portas fechadas e a suspensão, se for aprovada, poderá ser de 4 a 6 meses, até que o processo disciplinar seja encerrado. Além deste, existem outros dez procedimentos disciplinares contra Quaresma na OAB-MG e todos correm em sigilo.