Garota morta e jogada em lago só tinha 16 anos

Tinha apenas 16 anos a garota encontrada morta em um lago, anteontem, na zona rural de Campo Largo, amarrada a um bloco de concreto com cerca de 8 quilos. Trata-se de Luana dos Santos Gonçalves, usuária de drogas, cujo corpo foi identificado no necrotério do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, ontem, pela mãe dela, Ana Lúcia Gonçalves, 40.

A mulher, desolada com o episódio e com a violência empregada pelos matadores contra a jovem, não quis revelar detalhes da vida dela. Disse, porém, que há um ano lutava para tirá-la do mundo das drogas e que a menina havia saído da casa dos pais.

Após o reconhecimento, apressada, Ana Lúcia deixou o IML afirmando que somente hoje irá até a delegacia de Campo Largo para retirar a guia de necropsia e providenciar o sepultamento.

O superintendente da delegacia local, investigador Luiz Alberto, informou que  aguardará que a família tome as providências necessárias para o enterro e depois intimará os pais a depor, na tentativa de conseguir pistas que levem à elucidação do caso.

Suspeita-se que Luana foi morta em outro local e o corpo “desovado” no lago, que fica ao lado de uma estrada de terra, na Colônia Dom Pedro, próximo do Moinho São Francisco. Moradores daquela região estão sendo ouvidos, para informar se viram movimentação estranha no local, algum carro suspeito ou qualquer outra coisa que possa ajudar nas diligências. Laudos de necropsia também estão sendo aguardados para se saber quantos tiros a jovem levou. No local foi possível, pela perícia, identificar um tiro no rosto.

Crime

O cadáver, apesar de amarrado com arame a um bloco de concreto, boiou no lago e foi encontrado por lavradores da região, que acionaram a Polícia Militar. O corpo foi embrulhado em um lençol e numa rede estampada.

Para cobrir o rosto, que sangrava, os criminosos usaram uma embalagem de ração canina. O cuidado no “embrulho” da vítima indica, segundo a polícia, que ela pode ter sido levada para o lago no porta-malas de um carro e os criminosos não queriam que o veículo ficasse sujo de sangue. Também é provável que os assassinos conheciam o local da “desova”, que fica distante de residências e tem pouco movimento.