Fuzilado no sinaleiro ao gritar por socorro

O grito de socorro do contador Edmar Tesser, 41 anos, foi respondido a tiros em uma possível tentativa de assalto, no Juvevê, às 13h10 de ontem. O homem morreu na hora. Ele era marido de Silvana Tesser, assistente do deputado Luiz Carlos Alborghetti, e tinha dois filhos com ela. Policiais da Delegacia de Homicídios estão investigando o caso, para saber se Edmar foi realmente seguido, após pegar dinheiro em um banco.

O homem estava no Palio placa AHN-4850 e parou no sinaleiro da Rua Mauá com a Avenida João Gualberto, juntamente com vários outros carros, quando foi abordado por dois indivíduos em uma motocicleta CG 125 vermelha. Um montador, que trabalhava na construção de um prédio ao lado da rua, presenciou o assassinato. “Ouvi quando ele gritou por socorro e o homem que pilotava a moto mandou: `mata ele, mata ele'”, relatou o operário, que não conseguiu pegar as características dos bandidos, porque ambos usavam capacetes. “Foi tudo muito rápido, mas os dois eram de estatura baixa”, acrescentou.

Assalto

Segundo a testemunha, foram efetuados dois disparos, mas somente um atingiu Edmar, conforme avaliação preliminar do perito Amir Cassou Júnior, do Instituto de Criminalística. “O tiro transfixiou o braço esquerdo e atingiu a barriga da vítima”, concluiu. Edmar morreu no volante e, no banco do passageiro, ficaram dois envelopes: um continha 5.300 reais e outro 7.290, conforme contado no local. “Além desses valores havia cheques e moedas”, disse o perito. “Em princípio, estamos trabalhando com a hipótese de assalto, mas ainda é prematura uma conclusão”, comentou o delegado Agenor Salgado, da DH, com base nas características do crime. “Caso se confirme essa versão, os assaltantes podem tê-lo seguido de uma agência bancária”, disse.

No final da tarde, os investigadores da delegacia tentavam traçar o roteiro seguido por Edmar, antes de ele ter sido assassinado. “Ligamos para o banco, e iremos determinar o horário em que ele saiu da agência”, disse o delegado Sebastião Ramos dos Santos Neto. Pelas primeiras informações, ele teria sacado parte do dinheiro na agência Centro Cívico do Banco Itaú.

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