Furto abastecia lojas e escola de informática

Investigações sobre furtos em lojas de informática de Maringá motivaram a Polícia Civil a realizar ontem a Operação Mega Byte em quatro cidades paranaenses. Sete mandados judiciais de busca e apreensão foram expedidos para apurar os furtos. Cinco pessoas foram presas e muitos equipamentos eletrônicos apreendidos.

 Pela manhã, três pessoas foram detidas por policiais da 9.ª Subdivisão de Maringá. Os demais mandados foram cumpridos à tarde, também em Mandaguaçu, Paiçandu e Iguatemi, cidades vizinhas na região noroeste do Estado. O delegado responsável pela operação, cujas investigações já duram um mês, Antônio Brandão Neto, afirma que apesar de haver relação entre os detidos e os crimes – ainda não se pode caracterizar o grupo como quadrilha. Esses furtos eram investigados pela Polícia Civil há pelo menos um mês.

Como informou o delegado, que também atua no caso, Laércio Cardoso Sahur, Wilian Vieira dos Santos da Silva, de 27 anos, foi preso em flagrante, há cinco dias, durante um arrombamento. Segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), ?Wilian montou uma loja de produtos de informática, que era abastecida com produtos de furto e roubo e, desde 2001, ele vem sendo preso pelos dois crimes, mas sempre conseguia liberdade provisória?. Ainda de acordo com Sahur, outro preso e proprietário de uma escola de informática ?confirmou que utilizava equipamentos comprados de Wilian?. Porém, Wilian não assume os crimes pelos quais é acusado.

Os demais presos na operação, como divulgou a Sesp, foram Alex Pereira de Souza, 31 anos, preso em Mandaguari e indiciado pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e receptação culposa; o proprietário da escola de informática, Reginaldo Todão Garcia, 28 anos, preso em Paiçandu e indiciado em inquérito por receptação qualificada; em Maringá, foram detidos Anderson Antônio Ribeiro, 22 anos, e os irmãos Roberto, 48 anos, e Pedro Galbiak Júnior, 43 anos. O primeiro responde por receptação qualificada e os dois últimos respondem termo circunstanciado por receptação culposa.

Ainda de acordo com a Sesp, um policial informou que ?durante a operação, em Maringá, a polícia não encontrou objetos nos pontos visitados, mas recebeu uma denúncia anônima e, ao verificar as informações repassadas, descobriu que alguns dos aparelhos apreendidos eram guardados na casa de vizinhos pela esposa de um dos presos?. Com a vizinhança a Polícia Civil encontrou um data-show, um notebook e um computador completo. Os vizinhos também terão que depor.

Além das pessoas detidas, também foram apreendidos três veículos (dois deles importados) e três armas de fogo encontrados na casa de Alex (dois revólveres calibres 38 e 32 e uma pistola Beretta calibre .40 de uso restrito); e os 35 computadores, 18 monitores de vídeo, uma máquina fotocopiadora, quatro radio comunicadores, cinco impressoras, três obras de arte, placas de computador, cartuchos de impressora e outros aparelhos eletroeletrônicos. Os materiais estão retidos na 9.ª Subdivisão da Polícia Civil, em Maringá.

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