Funcionário do TJ detido por furtar processo

O jornalista Ayrton Ferreira Précoma, 47 anos, e o funcionário do Tribunal do Justiça Marcus Vinícius de Mello, 42, foram presos por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), sob a acusação de furtar um processo da Promotoria de Justiça da 11.ª Vara Criminal, na sexta-feira. O crime foi descoberto porque Marcus foi filmado pelas câmaras de video instaladas na vara, para segurança.

O delegado Marcus Vinícius Michelotto, titular do Cope, informou que foi chamado pela promotoria para efetuar a prisão. Ele disse que o furto ocorreu na sexta-feira, no horário do almoço. Marcus Vinícius, que é funcionário do Tribunal de Justiça, lotado na 2.ª Vara de Delitos de Trânsito, foi flagrado nos corredores e entrando na sala da promotoria na 11.ª Vara, aproveitando que estava aberta e não havia ninguém no local.

Ao notar a falta do processo, em que Ayrton Ferreira Précoma figura como vítima – com audiência marcada para quarta-feira -, a promotoria observou os vídeos e verificou que os autos haviam sido levados por Marcus Vinícius. Imediatamente o Cope foi acionado e o funcionário do TJ foi abordado em seu local de trabalho, na terça-feira. Diante das provas, Marcus Vinícius confessou que havia furtado o processo a pedido de Précoma, que lhe ofereceu R$ 10 mil. Como estava precisando de dinheiro, o funcionário aceitou a proposta. Após a subtração ele entregou o processo para o jornalista, mas não recebeu o dinheiro prometido.

Jornalista

Diante dos fatos e a pedido da polícia, Marcus Vinícius telefonou para o jornalista e marcou um encontro, nas Mercês. Ao comparecer, Précoma foi preso e afirmou que o processo estava escondido na casa de um parente, em São José dos Pinhais, e foi recuperado.

Em seu depoimento, Précoma alegou que ofereceu o dinheiro porque obteve informações que Marcus Vinícius já pretendia subtrair o processo para tentar vendê-lo para uma das partes.

Promotoria

De acordo com informações da Promotoria de Inquéritos Policiais (PIP), Précoma teria oferecido R$ 10 mil para Marcus roubar os autos. Segundo declaração do próprio funcionário do TJ, depois de receber voz de prisão, o jornalista incriminaria os réus do processo, que diz respeito a um caso de estelionato, aberto em 2000.

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