Foragido dá nome do primo à polícia

Foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA), onde cumpria pena por roubo, Ênio Lopes de Souza, 26 anos, foi preso por homicídio no sábado, e forneceu o nome de seu primo, o metalúrgico Liomar Ribeiro de Souza, 24. A farsa foi descoberta pelos policiais que foram até a casa de Ênio, procurar a arma utilizada no assassinato de Ailton Aparecido de Brito, 40 anos, que aconteceu horas antes. Lá eles acharam a carteira de trabalho de Ênio. Apesar de estar com um novo visual, ele foi denunciado pelo filho de um ano e meio, que ao ver sua fotografia colocada no documento, apontou o dedo e começou a dizer "papai". Ontem, o verdadeiro Liomar também entrou em contato com a Tribuna para delatar o primo. "Ele já tem ficha suja e agora quer sujar a minha. Sou trabalhador e nunca fui preso na minha vida", orgulha-se Liomar.

O superintendente Job de Freitas, da delegacia do Alto Maracanã, disse que além de roubos, Ênio também está envolvido com tráfico de drogas. "Tanto que o homicídio que vitimou o Ailton foi por causa de uma dívida de drogas, de R$ 30,00", salientou o policial.

Tiros

Ailton estava deitado com a mulher, quando Ênio, acompanhado de Marcelo da Silva Pereira, 18, e Rodrigo Guisler, o "Rodrigão", invadiram a moradia, na Rua João Niceli de Brito, no Jardim Eucalipto, e mataram o homem a tiros. "A mulher que testemunhou o assassinato afirma que quem atirou foi Marcelo, mas o Rodrigo insiste em assumir o crime. Acreditamos que ele está sendo ameaçado pelo Marcelo", disse o superintendente. Com o trio, a polícia encontrou armas e algumas pedras de crack.

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