Fita de vídeo é um alerta para assaltos

O circuito interno de vídeo de uma panificadora registrou para sempre os dois minutos de drama promovidos pela ação de um bandido. As imagens da fita VHS mostrando o assalto ocorrido em 15 de julho, em Santa Quitéria, foram divulgadas ontem pela Delegacia de Furtos e Roubos. A exibição serviu como alerta para comerciantes e eventuais vítimas de ladrões.

A fita, sem áudio, mostra um rapaz de aproximadamente 22 anos chegando de bicicleta, entrando pela porta da frente e sacando imediatamente a arma da cintura. Os dois funcionários, impotentes ante o anúncio do roubo, são obrigados a encher a sacola entregue pelo ladrão.

O momento de maior tensão ainda estava por vir. Um minuto depois de entrar, o assaltante resolveu ir embora, mas neste instante chegava uma cliente, acompanhada de uma criança de cerca de quatro anos. O ladrão quis aumentar o lucro e voltou à loja, abordando a mulher e pedindo a bolsa dela. A criança, lépida, percebeu o perigo e correu para o lado de fora, espiando a cena pela porta.

Ao ser levada para trás do balcão, a vítima fez um gesto com as mãos. Assustado, o bandido apontou a arma e esboçou o gesto de atirar na mulher – no hora H, conteve o disparo. Depois foi embora a pé, enquanto revirava a bolsa.

Tomando o exemplo das imagens da fita, o delegado Alfredo Dib salienta alguns procedimentos para combater a ação de bandidos e proteger as vítimas. O primeiro cabe aos comerciantes: a própria instalação de um circuito interno de vídeo, fator que inibe o assaltante menos seguro e inexperiente. “Normalmente são estes que fazem bobagem. Sabendo que há câmeras, o ladrão se obriga a usar capuz e a não atirar, o que sempre dificulta a ação”, afirmou.

A ação das vítimas também é fundamental para minimizar o risco de algum dano além do material. A reação da cliente da panificadora, que gesticulou ao responder à pergunta do bandido, é equivocada. “Não se deve esboçar gesto algum e mexer apenas a boca. Nem mesmo olhar no olho do bandido, que desta forma se sente ultrajado. Como qualquer passo em falso pode ser interpretado como reação, o ideal é pedir permissão para movimentar-se”, diz o delegado.

Qualquer informação sobre o ladrão da panificadora pode ser encaminhada à DRF (fone 262-2800), mesmo que anonimamente. (CS)

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