Família contesta versão para morte de rapaz

Uma ação da Polícia Militar matou o funcionário de uma transportadora, quinta-feira à noite, no Pinheirinho. A corporação afirma que Eduardo Francisco dos Santos, 23 anos, reagiu à abordagem a tiros, mas a família dele coloca em dúvida a forma como o jovem foi baleado.

Segundo os parentes, Eduardo, que era auxiliar de serviços gerais, conversava com um amigo na Rua João Amaro da Luz, Vila São Carlos, quando chegaram os policiais. Os dois rapazes correram – um cunhado de Eduardo, Dorival Pires de Oliveira, disse não saber o motivo da tentativa de fuga.

Eduardo teria subido no telhado de um barracão, e caiu de uma altura de cerca de oito metros. "Ele levou 12 tiros. Acho que já estava no chão, porque não iria correr pelo telhado já baleado", suspeita o cunhado, que disse não saber se o rapaz andava armado. A família afirma ainda que o jovem tinha passagens pela polícia apenas por crimes menores, como brigas. A quantidade exata de tiros será confirmada pelo laudo de necropsia do IML.

De acordo com a versão apresentada pela Comunicação Social da PM, uma equipe do 13.º Batalhão ouviu tiros na rua. Perto do local do tumulto, os policiais encontraram uma pistola Berca e seguiram acompanhando os suspeitos. Neste instante Eduardo teria atirado em direção aos policiais, que reagiram. Os próprios PMs levaram o rapaz ao Hospital do Trabalhador, onde já chegou morto.

Segundo o capitão Dabul, a corporação abriu um Inquérito Policial Militar para comprovar a ação dos policiais e apurar a responsabilidade da equipe.

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