Ex-detento é morto na frente da mulher

O primeiro disparo assustou e tirou da cozinha a companheira do carregador Mário Celso Dias Miguel, 24 anos. O segundo, de misericórdia, ela mesma presenciou: foi dado na nuca do rapaz, que morreu às 19h de sábado na porta de casa, na Travessa 1, esquina com Rua Nicola Pellanda, Vila Palmeira, Tatuquara. O assassino fugiu correndo, mesmo perseguido pela testemunha.

Depois do crime, a mulher, Rosiclete, correu atrás do autor na intenção de descobrir quem era. Mas a perseguição foi interrompida por um tombo feio, que causou fratura num dos braços dela. Rosiclete viu o assassino do companheiro desaparecer e teve que aguardar a chegada do Siate, que a levou ao Hospital do Trabalhador.

Rosiclete e Mário viviam juntos há cerca de quatro meses. Em maio último, o rapaz havia deixado a Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpriu pena de pouco mais de três anos por assalto a mão armada. "Ele pagou pelo erro e o assunto acabou. A morte não tem nada a ver com o crime", sustenta o pai da vítima, Sérgio Miguel, que não soube revelar nomes de suspeitos ou eventuais motivos do assassinato. "Mário trabalhava ultimamente na Ceasa. Era alegre e não tinha inimigos", afirmou. Uma outra testemunha, porém, revelou à Delegacia de Homicídios que o ex-presidiário vinha sendo ameaçado.

O atirador, que acertou dois tiros na cabeça da vítima, fugiu a pé, sem ser identificado. "Moradores dizem que nunca viram este homem por aqui", disse o sargento Fragoso, do 13.º Batalhão da PM.

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