Uma menina de oito meses passou a noite de terça e a madrugada de ontem “esquecida” numa creche do bairro do Pinheirinho. A suposta negligência dos donos do estabelecimento foi denunciada ao 8.º Distrito Policial, Portão.
A mãe da criança, Ladiane Wendler Chilrato, 17 anos, disse que chegou à Creche Anjinho da Luz às 19h05 de quinta-feira – cinco minutos depois do fim do expediente normal. Encontrou o estabelecimento fechado e não viu sinal da filha Fabrizia. A mãe só encontrou a criança às 6h20 de ontem, quando a proprietária reabriu a creche. O bebê estava em boas condições de saúde.
Depois da queixa prestada pela mãe, os donos foram ouvidos no 8.º DP. “Eles confirmaram não ter prestado atenção na presença da criança, o que deixa claro a negligência”, disse o delegado Herthel Rehbein, titular do distrito. Os donos assinaram termo circunstanciado, enquadrados no artigo 132 do Código Penal, que cita “expor vida e saúde de outro a perigo direto ou iminente”, e em seguida liberados. “Sozinha, a criança poderia ser sufocada pelo próprio vômito, caso passasse mal”, exemplifica o delegado.
Mesmo com a assinatura do termo por parte dos proprietários, a versão da mãe será melhor apurada. “Numa situação como essa, uma mãe normalmente arrebentaria a porta do estabelecimento ou chamaria a polícia imediatamente”, disse Rehbein.