Erra o tiro e mata cunhado

A vida independente da ex-esposa não era aceita por Ismael Rosa Machado, que na noite de segunda-feira, tentou falar com a mulher, de quem estava separado há quase um ano. Desta vez, o irmão dela Paulo Júlio Fernandes, 29 anos, interveio e levou um tiro no peito. O rapaz morreu na hora, em frente à residência, na Rua Wilson Dacheux Pereira, Alto Boqueirão, por volta das 20h30.

Logo após o crime, Ismael fugiu em um Monza verde metálico, conforme levantado pelos investigadores Ney e Denise, da Delegacia de Homicídios. Segundo comentários, Ismael, apesar de já ter arranjado outra companheira, não queria permitir que a ex-mulher também buscasse a felicidade ao lado de outro homem. Eles foram casados por 9 anos, e têm um filho, da mesma idade, que passava alguns dias na casa de Ismael.

Como a autoria do crime já é conhecida, o caso foi repassado pela DH para o 7.º Distrito (Vila Hauer), que dará prosseguimento às investigações. Nas horas seguintes ao assassinato de Paulo, policiais militares tentaram encontrar o Monza nas imediações, mas não localizaram nem o veículo nem o autor do homicídio.

Demora

Na tarde de ontem, a mãe da vítima, Vitalina Pereira, 54, foi até o Instituto Médico-Legal para liberar o corpo de Paulo. Chorando, ela disse que tinha esperança que seu filho sobrevivesse se o socorro tivesse chegado mais rápido. Segundo ela o Siate demorou 40 minutos para chegar em sua casa. Além disso, a mulher teme agora a segurança de sua filha, uma vez que soube que o ex-marido dela continua rondando a casa. "Ele sempre ameaçava ela e no dia do crime ligou várias vezes. Quando Ismael chegou lá em casa meu filho tentou acalmá-lo e foi morto. Ele tentou atirar na minha filha, mas não conseguiu. Na hora dos tiros meus dois netos, de 3 e 6 anos estavam na sala e saíram correndo assustados", contou Vitalina.

Na manhã de ontem a irmã da vítima foi até a casa do ex-marido com a polícia para buscar o filho de 9 anos, que estava passando alguns dias com o pai. "Ele precisa ser preso, pois todos lá em casa estamos com medo de que o pior possa acontecer novamente", finaliza a mulher, que mora com os filhos e netos. Paulo era solteiro e trabalhava em uma transportadora, sendo o responsável por ajudar financeiramente a mãe, que é viúva, e os irmãos. 

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