Um assalto é a hipótese que a família levanta para a morte do pedreiro Zacarias Francisco Rodrigues, 35 anos. Desaparecido desde 26 de maio, ele foi encontrado sem vida no domingo de manhã, dentro do Rio da Várzea, na localidade de Campina dos Pretos, Quitandinha. A vítima foi estrangulada com um pedaço de corda, que permanecia preso em seu pescoço.
Ontem, dois tios e um irmão reconheceram Zacarias no Instituto Médico-Legal, apesar do estado de putrefação do corpo. “Soubemos que era ele pela arcada dentária e pelo formato da cabeça. O rosto estava irreconhecível”, conta o tio Alcides Alves Soares.
Zacarias, que era solteiro, saiu dia 26 de maio de sua casa, em Fazenda Rio Grande, para trabalhar em Areia Branca dos Assis, Mandirituba. Desde então a família não soube por onde ele andava. “Às vezes ele saía e ficava um tempo sem dar notícias. Soubemos pelo rádio que o corpo achado em Quitandinha poderia ser dele”, disse o tio.
Assalto
Zacarias já teve passagem pela polícia Å os parentes não souberam dizer por qual crime respondeu Å e já fora baleado na perna há cerca de dez anos, quando morava em Santa Catarina. “Não acho que foi vingança. Pode ter sido um assalto”, suspeita o tio. O relógio que o pedreiro usava não foi encontrado com ele.
Em busca de pistas do(s) criminoso(s), a polícia de Quitandinha investiga o local exato onde Zacarias foi assassinado. A suspeita é que tenha sido desovado no Rio da Várzea, que nasce em Tijucas do Sul e passa por Agudos do Sul. Levado pela correnteza, o corpo parou à beira do quilômetro 160 da BR-116, em Quitandinha. De acordo com os cálculos da perícia do Instituto de Criminalística, o pedreiro foi morto numa data próxima à do seu desaparecimento.