Empresário foi absolvido de matar mecânico

Julgado ontem por homicídio, o empresário Gilson Luiz Herdmann foi absolvido em sessão realizada no Tribunal do Júri. Em 2 de maio de 1989, Herdmann matou com três tiros o mecânico industrial Loizel Polli das Neves, em Santa Felicidade. O motivo do assassinato foi uma briga ocorrida dois dias antes, quando um filho da vítima, acompanhado de outros garotos, teria riscado o carro de Herdmann.

Era um sábado e acontecia uma festa de aniversário na casa da mãe de Herdmann, na Rua Antônio de Paula França. O empresário e outros convidados perceberam que um grupo de adolescentes estava fazendo baderna do lado de fora e alguns carros estavam riscados. Herdmann teria mandado os garotos embora, pegando alguns pelo braço, de acordo com o advogado Júlio Militão da Silva, seu defensor. O advogado contou que o empresário chegou a registrar queixa do ocorrido na Delegacia do Menor.

Confronto

Dois dias depois, no feriado de primeiro de maio, uma segunda-feira, Herdmann voltou à casa da mãe em Santa Felicidade. O pai de um dos garotos envolvidos no episódio da festa foi então procurá-lo para tirar satisfações. De acordo com a versão da família do menor, no sábado o empresário tinha estacionado o carro perto da casa de Loizel Polli. Ao ver os riscos no carro, acusou o filho de Loizel e outro garoto e os teria espancado.

Ao procurar por Herdmann, Loizel estaria armado e teria feito ameaças. No confronto, Gilson, que também portava arma, acabou atirando. Foram três tiros. O mecânico, que tinha 39 anos, foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu.

Gilson Herdmann apresentou-se à polícia e respondeu ao inquérito em liberdade. No julgamento presidido pelo juiz Rogério Etzel, ele foi defendido por Júlio Militão. Na acusação atuou o promotor Cassio Roberto Chastalo.

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