Elite da Polícia Militar fica sem viaturas

O efetivo da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) do 17.º Batalhão da Polícia Militar, que atende os 22 municípios da Região Metropolitana de Curitiba, passará a atuar de motocicletas em, no máximo, 15 dias. Foi a alternativa encontrada após as seis viaturas apresentarem problemas mecânicos.

A falta de viaturas impediu que os 24 policiais que compõem a unidade realizassem o patrulhamento e atendessem ocorrências. Ontem de manhã, integrantes da Rotam e o comando do 17.º Batalhão se reuniram para comunicar as mudanças.

Segundo o subcomandante, major Gerson Luiz Buczenko, não há previsão para as viaturas deixarem a oficina. Algumas delas estavam na garantia, outras não. Ele explicou que o conserto, por questões governamentais, é realizado apenas numa oficina, em São José dos Pinhais. A burocracia com o levantamento de custos e aprovação dos orçamentos aumenta a demora para que os veículos voltem a circular.

Paliativo

Para contornar o problema, o patrulhamento será realizado com motos. A Rotam, disse o major, contará com 11 motos para atender toda população. As motocicletas já estão no pátio do batalhão e as equipes da Rotam devem passar por treinamento, de 10 a 15 dias, antes de saírem às ruas.

O subcomandante credita a “quebra” de todas as viaturas a uma tremenda coincidência. Porém, é sabido que os veículos, por estarem em constante operação, desgastam com maior rapidez e estão sujeitos a falhas mecânicas com mais frequência. A última viatura em operação teria dado “baixa” na semana passada.

Extinção

Ontem, denúncia que a unidade seria desativada foi feita por email à Tribuna. Porém o subcomandante garantiu que existem estudos para ampliá-la e torná-la uma unidade fixa em outros batalhões metropolitanos, como Almirante Tamandaré e Campo Largo.

A Rotam é uma força policial que atende ocorrências de alto risco. Enquanto as motocicletas não são entregues, o efetivo realiza patrulhamento a pé em regiões próximas ao batalhão, além de atuar em operações especiais, como bloqueios de trânsito, onde o efetivo segue de microônibus.