Uma história muito estranha se tornou um quebra-cabeça para a equipe de investigação da Delegacia de Pinhais. Um eletricista apareceu morto ao lado do primo, também baleado, dentro do carro da empresa em que trabalhava, na noite de terça-feira (01).
O proprietário da oficina mecânica que fica na Rodovia João Leopoldo Jacomel, na Vila Esplanada, relatou à polícia que ouviu o barulho do Kadett BEK-0888 saindo da garagem por volta das 22h e, como estava com as chaves dentro de casa, imaginou que o veículo teria sido roubado. Ele pegou outro carro e tentou perseguir o Kadett, mas o perdeu de vista.
No caminho ele localizou uma viatura da Guarda Municipal e informou o roubo. Quando retornou à oficina, ele encontrou o Kadett estacionado de frente. O eletricista João Batista Willock Matos, 32 anos, estava morto no banco do motorista, e o primo dele, Luzeleno Nunes Barbosa Júnior, 23, estava baleado no banco do passageiro, inconsciente.
Pouco antes das 23h, uma ambulância do Siate encaminhou Luzeleno ao Hospital Cajuru. Familiares do proprietário da oficina relataram à polícia que uma motocicleta passou atirando contra a garagem e atingiu a traseira do Kadett, entretanto, de acordo com o perito Elmir Machado do Instituto de Criminalística, o disparo que atingiu João foi feito no sentido inverso, de frente para o carro. Entrou na boca e saiu na nuca da vítima.
Uma equipe da Polícia Militar esteve no local e constatou que foi feita uma ‘ligação direta‘ na fiação elétrica do carro, provavelmente por João. Ele trabalhava no local há dois meses e, de acordo com o patrão, era usuário de drogas.
Dentro do veículo foi apreendida uma cápsula de revólver calibre 38, que não é automaticamente expulsa do tambor após o disparo.
A cápsula pode ter caído quando o assassino recarregou a arma ou abriu o tambor por algum outro motivo. Segundo o delegado Fábio Amaro, titular da Delegacia de Pinhais, a principal linha de investigação é um acerto de contas.