Os dois homens executados dentro de um carro, na noite de sexta-feira, seriam fornecedores de armas e drogas do Paraguai para o traficante carioca Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem”, chefe do tráfico na favela da Rocinha, preso no final do ano passado.
Antônio Ezequias Gura, 28, o “Gordo”, e Flávio Cristiano Fernandes da Silva, 32, foram executados com cerca de 20 tiros, dentro de um Logan, na Rua Althayr Roszanny, Capão Raso, na Praça Nova República. Os assassinos usaram duas pistolas e atiraram dos dois lados do carro.
As vítimas tinham passagem por tráfico e estavam em liberdade condicional, segundo a polícia. “Gordo” foi solto em abril e Flávio, em março. O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, investiga se os matadores têm ligação com o crime organizado do Rio de Janeiro.
Intermediário
“Gordo” estava hospedado num hotel no centro de Foz do Iguaçu, quando foi preso em setembro de 2010 pela polícia carioca. Com ele, também foi preso um homem apontado como intermediário de traficantes da Rocinha. Gravações obtidas com autorização da Justiça, na época, mostravam “Gordo” negociando a venda de fuzis M16 para traficantes da favela carioca e oferecendo uma metralhadora antiaérea a um dos intermediários da quadrilha de “Nem”.