Ciúme mortal

Dona de pet shop é morta pelo ex-marido

A proprietária de um pet shop foi assassinada a facadas pelo ex-marido, no início da tarde de sábado, na Rua Victório Viezzer, Vista Alegre. Cláudia Mara Leite Madruga, 40 anos, estava trabalhando quando foi atacada pelo empresário Glênio Rodrigues Madruga, 69, que, pouco tempo depois, se apresentou com o advogado na Delegacia de Homicídios, onde confessou o crime.

A primeira informação recebida pela polícia era que a mulher havia cometido suicídio, porém, logo que o delegado Cristiano Quintas dos Santos e investigadores da DH chegaram ao pet shop, constataram que Cláudia havia sido assassinada.

A partir de conversas com conhecidos da vítima, veio a suspeita contra o ex-marido que a ameaçava. O casal, conforme levantou a polícia, estava divorciado havia cerca de dois anos.

No entanto, o casal vivia se desentendendo. Cláudia revelou a conhecidos e clientes que Glênio era ciumento e fazia ameaças, pois não aceitava a separação e não suportava ver a ex tocar a vida sem ele.

Almoço

Por volta das 13h30 de sábado, um funcionário saiu para almoçar e deixou Cláudia no pet shop. Quando voltava, o empregado foi comunicado por populares da morte da patroa.

Ao entrar na loja, encontrou a comerciante morta, sentada na mesa de trabalho e com fones de ouvido. Pelo modo como aconteceu o crime, a polícia acredita que Glênio premeditou a ação e aguardou o momento em que a ex-mulher estivesse sozinha para agir.

O suspeito teria entrado na loja pela lateral, na Rua Júlio Graf, e atacado a mulher de surpresa. Além de ser golpeada no pescoço, Cláudia também tinha um corte na mão, indicando que ela tentou se defender do assassino. Antes de fugir do local, Glênio teria lavado as mãos no banheiro.

Delegacia

Antes mesmo que a polícia chegasse até o suspeito, Glênio se apresentou na delegacia, em companhia do advogado. Segundo o delegado, o empresário alegou legítima defesa, afirmando que foi ao pet shop para discutir questões referentes aos bens, quando foi ameaçado pela ex. Como se apresentou espontaneamente, o empresário vai responder o processo em liberdade.