Detentos da PCE mantêm greve de fome

Os detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, entraram ontem no segundo dia de greve de fome e começaram a ter algumas regalias cortadas pela direção do presídio. À tarde, equipes de policiais militares revistaram todas as celas, recolhendo televisores, rádios, fogareiros e alimentos que haviam sido levados pelos parentes em dias de visita. Caso a greve continue, outras punições poderão acontecer, inclusive o cancelamento das visitas no próximo fim de semana.

“Não há o que negociar com eles. As decisões tomadas serão mantidas”, assegurou o diretor da cadeia, André Kendrick, que participou pessoalmente das revistas feitas nas celas.

A greve, iniciada na manhã de terça-feira, quando os detentos recusaram o café, teve adesão de cerca de mil presos. Apenas três galerias (com 400 detentos) se recusaram a participar do movimento. “Estes não sofrerão nenhuma sanção”, garantiu Kendrick.

O motivo da greve foi a transferência, ocorrida no final do mês passado, de 14 presos que estariam preparando uma espécie de motim na cadeia. Sete deles seriam líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e os outro sete, chefes do Primeiro Comando do Paraná (PCP), facções criminosas que disputam o poder dentro da unidade.

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