O presidente da ONG Dom da Terra, Márcio Marins, conta que vários municípios como São Paulo, Belém, Rio de Janeiro e Porto Alegre já contam com a coordenadoria, o conselho e o plano de políticas públicas voltadas para essa população.
Para ele, o fato de Curitiba ainda não ter implantando estes dispositivos contrasta com a realidade da cidade, que se mantém como uma das mais violentas em relação a população LGBT.
Marins conta que, considerando apenas os casos notificados, a cidade está no topo do ranking de assassinatos de homossexuais, travestis e transexuais nos últimos dois anos. Em 2009, dos 198 casos registrados no país, 25 ocorreram aqui.
Em 2010, dos 260 casos conhecidos no Brasil, mais de 30 foram no Paraná. De acordo com Marins, os números devem ser muito maiores, uma vez que são contabilizados apenas os casos em que há denúncia de que as razões dos crimes teriam origem na homofobia. A subnotificação nestes casos é imensa, uma vez que não há nos boletins de ocorrência espaço para o registro específico deste tipo de crime. (KLM)