O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, disse ao Paraná Online que, em nenhum momento, foi contra o fechamento do cassino. Ele só não concordou com a forma como os policiais agiram, sem comunicar um superior. Michelotto afirmou que já apurou quem são os 17 investigadores que participaram da ação “independente” e que todos estão listados num processo administrativo, em andamento na Corregedoria da Polícia Civil e sob a responsabilidade do delegado Paulo Ernesto de Araújo Cunha. “Agiram encapuzados, anônimos, com táticas de guerrilha, tudo programado, deram entrevista de costas”, repreendeu o delegado-geral.
Na opinião de Michelotto, o grupo agiu para perturbar as negociações salariais em andamento. “São policiais de um sindicato que não é reconhecido. É uma briga política na base da Polícia Civil”, ressaltou. O sindicato ao qual o delegado se refere é o Sindicato dos Investigadores (Sipol), que garante que não tomou parte na ação dos investigadores.
Delegado
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, chamou de idiotas e “scaramouche” (palhaço mascarado) os policiais que participaram da invasão na mansão do Parolin. “São policiais ignorantes, dissidentes, pessoas que não tem vergonha na cara. Quem tem coragem, tem que mostrar a cara”.
Ainda segundo Luiz Carlos, boa parte dos policiais que participou da operação tem “problemas administrativos”. “São pessoas envolvidas em homicídios, roubo de carga. Tem gente até que baleou o colega. Outro fazia parte da diretoria da polícia, agora se revelou”, disse.
Moralidade
Do outro lado, os investigadores que invadiram a mansão rebatem que seu objetivo não tinha objetivo na negociação salarial, porque o governo já tinha anunciado que daria o subsídio aos policiais. De acordo com um deles, o grupo estaria cansado de tantas “sujeiras” dentro da polícia e a meta das operações é a de moralizar a polícia. O grupo de investigadores garante que as operações vão continuar.