A boa vontade do construtor Mário Verdasca Ferreira, 61 anos, em levar um dos seus ajudantes para casa, terminou com sua morte. O homem foi assassinado a tiros na noite de ontem, depois de ser abordado em uma das ruas ermas do Jardim Holandês, em Piraquara, e reagir a um assalto. A única testemunha do crime é um garoto que indicava o caminho ao construtor.
De acordo com a versão dada pelo adolescente, o homem construía imóveis para depois alugá-los. No início da noite, Mário apanhou o menor em uma obra, próxima à Praça Rui Barbosa, e seguiu para uma outra construção que comandava na Avenida Salgado Filho. “Nós fomos pegar madeira para levar para o meu cunhado, que é meu vizinho, e daí ele ía me deixar em casa”, contou.
Eles passavam pela Rua das Andorinhas, onde, por volta das 19h40, foram abordados por um rapaz, aparentando ser menor de idade. Ao parar o veículo Fiat Strada, placa AIZ-6052, o construtor foi surpreendido pelo assaltante, já com a arma em punho. Mário tirou um maço de dinheiro, que segundo o adolescente seria para efetuar o pagamento dos funcionários, e tentou negociar com o bandido, negando-se a entregar toda a quantia.
Irritado, o assaltante deu uma “gravata” em Mário, tirou-o do carro e matou-o com cinco tiros. A pequena testemunha, que ficou parada no banco do passageiro, disse apenas que viu o assaltante fugindo em uma bicicleta azul. O que a polícia estranha é o fato de Mário ter tomado aquele caminho, já que havia outras ruas mais movimentadas que davam acesso à casa do adolescente.
Perícia
Junto ao corpo do homem não foram encontrados documentos, apenas um talão de cheques e a quantia de R$ 1 mil no bolso de trás da bermuda que ele trajava. De acordo com a perita Solange Corte, Mário foi alvejado com cinco tiros, dois deles na barriga e os outros no peito, na cabeça e na mão. O menor foi encaminhado pelo investigador Macelai, da delegacia de Piraquara, para prestar depoimento. A investigação também ficará sob responsabilidade daquela delegacia.