Comerciante clama por segurança em Fazenda Rio Grande

Cansada de ser vítima de assaltantes, a proprietária de uma mercearia e de uma casa lotérica, situados na Rua Dinamarca, bairro Nações I, em Fazenda Rio Grande, resolveu expressar sua revolta pendurando uma faixa no portão dos estabelecimentos. A mensagem destinada ao governador, ao secretário de Segurança Pública e ao prefeito do município é direta: ?Socorro. Sete assaltos. Não agüentamos mais?. O drama vivido pela comerciante é a conseqüência típica de municípios que aumentam muito sua população a cada ano, e a preocupação com a segurança pública parece não acompanhar essa demanda.

Alexandra Romasco Bezerra, 40 anos, e o marido dela compraram a mercearia e a casa lotérica, que funcionam no mesmo imóvel, há cinco anos. Desde então, foram assaltados sete vezes. A última invasão dos bandidos aconteceu há uma semana, quando os marginais roubaram doces, cigarros e R$ 180 do caixa. ?Por volta das 15h15, dois homens armados entraram e apontaram as armas para minha filha de 15 anos, que estava no caixa. Depois fugiram de bicicleta?, contou Alexandra.

No ano passado, apenas no mês de junho foram dois assaltos. Um deles aconteceu às 7h. Alexandra foi agredida e trancada junto com funcionários, leiteiros e fregueses que chegavam para comprar pão. A ação dos marginais fez com que ela passasse a atender de portão fechado. ?Até as 8h30 e depois das 18h30 eu pergunto o que as pessoas querem e passo a sacola por cima do portão. Entretanto, depois do último assalto, vi que os bandidos não têm hora?, contou.

Polícia

O município de Fazenda Rio Grande é um dos que mais crescem no Brasil. Hoje, a população estimada é de 120 mil habitantes, e segundo o último censo do IBGE, a expectativa é que o município aumente sua população em 10% ao ano. Para atender a população, há duas viaturas e quatro policiais. Segundo o tenente Adriano Lúcio, responsável pelo policiamento do município, o ideal seria um policial para cada 600 habitantes. ?Hoje cada policial atende 30 mil pessoas. Nós fazemos o que está ao nosso alcance, mas é impossível montar plantão em frente de cada comércio?, finalizou.

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