O Comando Geral da Polícia Militar disse ontem que negocia com as entidades de classes policiais o cumprimento da Emenda 29 e que deve encaminhar, até início do mês que vem, a proposta final. Apesar disso, fonte ligada à PM, garante que amanhã, às 9h, na Boca Maldita, policiais que estiverem de folga farão protesto contra a demora na implantação da lei. A Emenda 29, aprovada em 2010, prevê que candidatos a policial militar e bombeiro tenham formação superior e pagamento de subsídios que vão repor perdas salariais.
De acordo com o subcomandante-geral, coronel Cezar Alberto de Souza, é as negociações com as classes policiais está em andamento. “O objetivo é construir a melhor proposta que atendas as necessidades da tropa e do governo do Estado”, afirma.
Segundo o coronel, a previsão é que um documento final seja encaminhado até 3 de fevereiro ao secretario da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, para apreciação e encaminhamento ao governador para aprovação final. A proposta ainda passará por trâmites legislativos antes do início dos pagamentos previstos na emenda.
Interferências
Sobre as interferências na frequência de rádio da PM, o coronel afirmou que estas ações partiram de ex-policiais militares ou oficiais que estão prestes a deixar a farda. “Já pedimos à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que a origem dessas interferências sejam identificadas”. As frequências dos rádios serão trocadas para que novas interferências não ocorram. “O atendimento não teve prejuízo nesses últimos dias. Mudamos a faixa de frequência e usamos o telefone”, revelou o coronel Cezar.
Alguns oficiais disseram que há uma divisão dentro da PM em relação aos esforços para que a Emenda 29 seja cumprida. Porém, o coronel Cezar afirmou que as divisões estão entre as entidades de classe. “Muitas vezes o que acontece é a falta de informação. O que sugerimos é que procure a entidade representativa e saiba melhor o que está acontecendo na negociação”.