Colisão interdita rodovia

Acidente entre dois caminhões de grande porte, ocorrido na madrugada de ontem, no quilômetro 47,2, tumultuou o trânsito e gerou uma fila que chegava a dez quilômetros de extensão na BR-116, no sentido São Paulo a Curitiba. Pela manhã, o transbordo da carga ainda não havia sido feito e os veículos passavam lentamente pelo acostamento no local, pois o caminhão, tombado, tomava mais de uma pista inteira. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) previa que o procedimento para liberação da pista levaria, em média, duas horas para ser concluído.

?Um caminhão segurou um pouco na minha frente e eu segurei também, até que aquele caminhão (o Mercedes) bateu uma vez atrás do meu, eu perdi o volante, meu caminhão tombou e ele bateu de novo e parou ali?, conta o motorista

Edson da Silva, 30, do Volvo NL10, tombado na pista. Edson, que ia de São Paulo para Joinville (SC) e teve ferimentos leves na testa, foi atendido no local. O motorista do Mercedes LS1634, Paulo José Martins, que seguia de São Paulo a Tijucas (SC), teve de ser encaminhado ao Hospital Angelina Caron, de Campina Grande do Sul, mas passava bem.

O acidente aconteceu por volta das 4h45. Mesmo não confirmando, os olhos avermelhados do motorista Edson da Silva não escondiam a fadiga. Como acredita a PRF, após as 24h é um período em que os acidentes, principalmente entre caminhões, são comuns. ?Nós acreditamos que é por muito trabalho, eles dirigem direto à noite. Teria como reduzir isso, mas envolveria muito custo para as empresas e sindicatos?, afirma Jaimir F. da Silva, chefe do posto policial Taquari, na BR-116.

Como mostram as estatísticas da PRF, somente em maio, até o dia 28, houve um total de 108 acidentes, com 71 feridos e sete mortos na BR-116. Desses, 31 ocorrências, com 14 feridos e quatro mortos, foram entre as 22h e 6h. ?Depois das 24 horas é muito comum. Em média de três, quatro por dia a gente atende?, confirma o policial Jaimir da Silva.

Transtornos

Em virtude da enorme fila houve outros dois acidentes mais leves na BR-116, sentido Curitiba, ambos colisões traseiras. Uma, no quilômetro 43,3, às 8h, foi entre uma Scania, de Santa Catarina, que estava parada quando um Mercedes, com placa do Paraná, colidiu. O condutor do Mercedes, Rodrigo Lopes de Matos, 28 anos, teve ferimentos leves. A outra colisão foi no quilômetro 47,8, às 9h15, envolvendo um caminhão Mercedes e um ônibus da empresa Penha, que vinha de São Paulo a Curitiba. Não houve vítimas.

A fila de veículos era tão grande que ultrapassava a ponte da represa do Rio Capivari, onde a soma do peso de todos os caminhões parados certamente era bem maior do que as 45 toneladas permitidas, pelo Dnit, a trafegar sobre a ponte.

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