Cinco homicídios mancharam de sangue as ruas da capital, entre a noite de sábado e final da madrugada de domingo. O caso que mais chamou atenção ocorreu às 5h10 de ontem, na Vila Hauer. Um homem, aparentando cerca de 25 anos, foi morto com agressões e 26 facadas. Apesar da vítima sequer ter sido identificada, a Delegacia de Homicídios (DH) conseguiu deter um suspeito do crime, que foi ouvido e liberado por falta de provas.
A vítima foi encontrada ainda com vida, num valetão da Rua Professor José Maurício Higgins, por uma moradora do bairro, que chamou o segurança de uma empresa próxima. O Siate foi acionado, mas não pôde salvar o rapaz, que foi ferido com 22 facadas no peito, duas no braço esquerdo e duas na cabeça, além de ter outros ferimentos. Ele era branco, com cabelos curtos e castanhos, cerca de 1,65 metro. Vestia calça jeans, bermuda vermelha com cinto preto, camisa verde e sapatos pretos.
Gemendo bastante, ele ainda conseguiu contar ao segurança que havia sido esfaqueado por um homem. Em seguida, a DH recebeu uma denúncia sobre o suspeito, que negou as acusações. No entanto, uma faca de cozinha encontrada na casa dele e roupas sujas de sangue foram recolhidas para análise. O homem justificou que o sangue era por causa de um acidente de moto que havia sofrido.
Sem Pistas
No Santa Cândida, Ricardo Nascimento dos Santos, 26 anos, levou seis balaços na Rua Felipe Morlotti, Jardim Olaria. Um morador relatou que, entre 1h e 2h de ontem, ouviu barulhos de tiros perto de sua casa. Ao sair da residência, encontrou o corpo e acionou a polícia. A DH, ainda não tem pistas sobre os autores ou o motivo do crime.
Às 22h de sábado, Robson de Oliveira Dias, 25, foi atingido por cinco tiros na Rua Antônio Gerônimo, CIC. Ele foi encaminhado pelo Siate ao Hospital do Trabalhador, onde morreu. A DH apurou que o jovem ficou dois anos preso por estupro e estava em liberdade há dois anos.
Pilarzinho
Thiago Isaak Masnke da Silva, 19 anos, foi vítima da guerra entre gangues que atuam na região do Pilarzinho. Por volta de 1h30 de sábado, ele andava pela Rua Raposo Tavares quando foi baleado na cabeça por um motoqueiro. Thiago morreu dentro da ambulância do Siate.
A mãe do rapaz disse à polícia que o filho morava no Conjunto Bracatinga e ia para a casa da namorada, na Vila Nori, quando foi morto. Segundo ela, vizinhos disseram ter visto Thiago discutindo com outro estudante, que foi identificado pela polícia. Esse jovem acusou a namorada de Thiago de disparar contra seu carro. A vítima não tinha passagem pela polícia. Ele era amigo de Adriano Ramos Cunha, 18, e Willian Leite, 21, assassinados no dia 27 de fevereiro, na Vila Kosmos. Os autores do crime ainda não foram identificados.