Chacina no Uberaba já tem dois suspeitos

“Jorge” e “Gê” são dois dos suspeitos da chacina do Uberaba que estão sob a mira da Delegacia de Homicídios. Ambos fariam parte do grupo que invadiu dois barracos na área de invasão, próximo ao conjunto habitacional Ilha do Mel, quinta-feira de madrugada, e executou cinco pessoas. Os nomes completos da dupla e dos outros quatro suspeitos são objeto de investigação da polícia.

Ontem a DH ouviu o dono de um Santana azul, cuja placa foi fornecida por uma testemunha que viu um Passat escuro rondando o local do crime. O proprietário alegou que não mora no Uberaba, nunca esteve na região da chacina e garantiu que o carro está em Castro, aguardando futura venda. “Pediremos a documentação da concessionária comprovando que o carro estava lá na hora do crime. Como era madrugada, é possível que a placa não tenha sido anotada corretamente”, falou o superintendente da DH, Neimir Cristóvão, lembrando, de outro lado, que os dois modelos de automóvel são semelhantes.

As investigações da DH agora apontam que estavam em seis os assassinos. “Jorge, Gê e mais dois estavam a pé e depois entraram no carro. Outros dois fugiram de bicicleta”, disse o policial, suspeitando que estes últimos sejam moradores das proximidades. Além dos acusados pela chacina, “Lobinho” também está sendo procurado pela polícia. A última informação é que ele teria viajado ao litoral paranaense.

Nomes

Mais uma vítima foi identificada na manhã de ontem: o servente Sebastião Fernando dos Santos, 37 anos, conhecido como “Bicão”. O irmão Nardo, que reconheceu o corpo, disse que há dois anos não mantinha contato com Sebastião, nem sabia onde ele morava. “Minha mãe reconheceu o corpo pela TV. Não sei muito sobre a vida dele, nem conheço os outros que morreram”, falou.

Diferente do que foi divulgado de início pela polícia, o amásio da mulher chamada Denise era o vendedor Jadir Marcos Barbosa, 34. A mulher é tia de “Lobinho”, apontado como líder de uma quadrilha inimiga do grupo de Jorge, suspeito de comandar a chacina. A DH acredita que Denise foi amarrada e torturada, para que revelasse o paradeiro do sobrinho. “Como ela não quis dizer, ou realmente não sabia, foi morta”, deduz o superintendente. Outra vítima é Arlindo Morais Filho, 31 anos, o “Paraíba”, e a quinta, um homem conhecido apenas como “Seo Zé”.

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