Casal executado dentro de bar na Vila Trindade

Alex Alves da Costa Moraes, 18 anos, o “Xuxu”, e Carmelita Rodrigues de Almeida, 43, chegaram junto para beber uma cerveja no Bar Ponto Certo, na Rua Florianópolis, Vila Trindade, Cajuru, e não saíram com vida de lá. Os dois foram executados a tiros no interior do estabelecimento, que ficou crivado de balas, às 21h30 de quinta-feira. A polícia busca informações que ajudem a resolver o caso.

A proprietária do bar contou que os dois eram os únicos fregueses e tinham chegado juntos, menos de meia hora antes da fuzilaria. Ela lavava copos na pia, localizada atrás de uma parede, o que impedia a mulher de ver as pessoas no salão do bar. “Só ouvi os tiros, muitos, e me abaixei. Quando tudo acalmou, olhei por cima do balcão e pensei que todos haviam ido embora”, relatou. Mas ao caminhar em direção à porta, no intuito de fechá-la, viu o corpo de Carmelita caído em um canto, próximo ao balcão, e em seguida o de Alex, atrás da mesa de sinuca. “Daí, chamei a polícia”, disse. Os primeiros indícios são de que o assassino (não se sabe se era mais de um) entrou e atirou, para depois fugir a pé, já que não foi ouvido ruído de carro.

Silêncio

O tenente Farias, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, lamentava a falta de informações concretas no local. “A população tem de se conscientizar que somente com a ajuda dela podemos estancar a crescente violência e prender os assassinos”, salientou, pedindo que alguma testemunha ligue, mesmo que anonimamente, para a polícia. Populares diziam que o assassino teria ido à procura de Alex e Carmelita que teria sido morta por estar com ele. Mas essas informações ainda serão investigadas pela Delegacia de Homicídios.

A perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, encontrou seis marcas de tiros nas paredes do bar, provenientes provavelmente de um revólver calibre 38. “É muito difícil precisar a arma, somente com exames complementares poderemos ter certeza”, comentou. De acordo com levantamentos preliminares, Carmelita recebeu um tiro na testa e Alex, um na cabeça e outro na perna.

Drogas

A região da Vila Trindade é conhecida pela presença do tráfico de drogas e uma das primeiras hipóteses levantadas para o duplo homicídio é o possível envolvimento das vítimas com substâncias tóxicas. Mas para os familiares de Alex, que liberaram o corpo no IML na manhã de ontem, esse motivo não convence. Segundo o pai da vítima, o jovem não tinha vícios, nem passagens pela polícia ou envolvimento com drogas. Trabalhava como servente de pedreiro e o auxiliava em alguns serviços. O caso vai ser investigado pelo delegado José de Deus da DH.

Voltar ao topo