O motivo é chocante

Casal de idosos é brutalmente assassinado na RMC. Saiba o porquê

Os idosos, identificados como Francisco Ribeiro, 90 anos, e Marlene, de aproximadamente 70, foram cruelmente assassinados dentro de uma casa ao final da Rua Helena Vaz, no Jardim Maria Claudia, em Almirante Tamandaré. O assassinato teria ocorrido no fim de semana, mas somente na manhã desta terça-feira (14) a vizinhança se deu conta do crime.

Os corpos foram encontrados por um rapaz que de vez em quando faz uma ou outra manutenção na casa. Ele sentiu falta dos idosos, por não tê-los visto nas últimas duas noites, como de costume. Nesta terça pela manhã, foi até lá e bateu na porta. Como ninguém atendeu, apenas empurrou a porta, que estava meio aberta, e já se deparou com a cena macabra. Marlene estava em cima da cama com as mãos amarradas na frente, já em estado de putrefação. Ao lado dela, caído no chão, estava Francisco, cheio de cobertores e roupas caídos por cima dele. Os vizinhos disseram não ter ouvido ou visto nada estranho nos últimos dias.

Brutalidade

O perito Jorge Junqueira verificou que, apesar de Marlene possuir três facadas superficiais no rosto e pescoço, possivelmente feitas com um canivete, a causa da morte dela foi estrangulamento. Já o idoso tinha pelo menos oito perfurações profundas no peito, mas não morreu no sábado, como a companheira. Com um pano enfiado na boca, deve ter agonizado por mais 24 horas sem conseguir chamar socorro. Além destas perfurações fundas, ele tinha outros cortes mais superficiais no corpo e sinais de defesa nos braços.

A Polícia Civil já tem algumas hipóteses. A possibilidade de maior força levantada pelo delegado Nasser Salmen, responsável pela delegacia local, é de que o assassino matou para tomar a moradia dos idosos. Francisco mora ali há 40 anos, nesta área de posse. Outra possibilidade é a de latrocínio (roubo com morte). Mas esta o delegado considera mais remota devido à extrema pobreza das vítimas e da residência, que sequer tinha energia elétrica.

A casa era muito bagunçada, com roupas e comidas espalhados por todos os cantos. Mas segundo a perícia, não era revirada, como se alguém procurasse algo. Era apenas desorganizada. Para cozinhar, Francisco e Marlene pediam lenha na vizinhança para fazer fogueira, num buraco que cavaram no chão. A cama, tanto quanto os móveis, eram bem improvisados e precários, descreveu o delegado. Os documentos pessoais das vítimas não foram localizados, para que a polícia conseguisse identifica-los corretamente. Eles também não tinham parentes morando próximo. Na vizinhança, ninguém conhece familiares das vítimas.