Um caminhão desgovernado desceu ladeira abaixo e parou dentro de uma casa às 10h30 de ontem, no Jardim Cecília, em Campo Magro. O motorista, o ajudante e uma moradora do bairro sofreram ferimentos, mas, por muita sorte, nenhuma das três pessoas que estavam na residência foi atingida.
Carregado de bebidas, o Mercedes-Benz ADC-1736, de Campo Largo, ficou desgovernado no topo da Rua Minas Gerais, uma via de chão batido com forte descida. “O caminhão veio pulando e o motorista buzinava para avisar. A rua vive cheia de crianças, por sorte nenhuma se machucou”, contou a doméstica Clarisse Inês Pinto, 27 anos, moradora do local.
O Mercedes só parou na última casa, de frente para a rua, e que abrigava naquele instante dois irmãos e uma criança de um ano e nove meses. A estudante Elaine Alves Dias, 19 anos, e o filho Mateus dormiam no quarto, única peça não atingida. O irmão dela, André Alves Dias, 17, assistia televisão na sala. “Só ouvi o barulho e vi as madeiras voando”, contou André, que permaneceu no canto da sala, pequeno espaço intacto do cômodo quase totalmente destruído. Nenhum deles sofreu qualquer escoriação.
Feridos
No percurso de 100 metros até o local do impacto, o caminhão atingiu o braço da moradora Nair Aparecida Rosa dos Santos, 37, que saiu de casa para jogar o lixo. Ela, o motorista Antônio Rogério Bianco, 25, e o ajudante Ronaldo Bianco, 17, foram socorridos inicialmente por uma Kombi da Prefeitura Municipal. O carro foi interceptado pelo Siate, que transportou em melhores condições os feridos ao Hospital Evangélico. Segundo o Corpo de Bombeiros, o condutor teve ferimentos médios e as outras duas vítimas tiveram lesões leves.
Após o impacto, o caminhão permaneceu acelerado. Como prevenção a um possível incêndio, o Corpo de Bombeiros cortou o combustível e esperou dez minutos até o motor esfriar. Só assim iniciou, com a ajuda de moradores, a remoção do veículo e dos destroços da casa.
O operário Luís José Dias, dono da residência, ficou desolado a não parou de chorar ao ver a casa destruída. Um irmão dele começou ali mesmo a mobilizar a vizinhança para arrecadar donativos e material de construção para refazer a moradia. A família fez boletim de ocorrência na DP de Campo Magro e pensa em solicitar indenização aos donos do caminhão.