Briga de turmas acaba em dois mortos e três feridos

Desavença dentro de um bailão, em Pinhais, resultou na morte de duas pessoas e ferimentos a bala em outras três, às 5h30 de ontem. O pintor José Ricardo Vicente, 25 anos, que não tinha nada a ver com a confusão, levou um tiro na cabeça e morreu no local. André Aparecido da Silva, 20, foi ferido com um tiro na barriga e conduzido em estado grave ao Hospital Cajuru, onde morreu logo após dar entrada. Claudemir da Silva, 19, e Denival da Luz, 21, foram baleados no braço e levados ao mesmo hospital, junto com uma garota ferida, não identificada no momento da ocorrência.

O investigador Valdemir, da Delegacia de Pinhais, informou que um grupo de pessoas que residem no bairro Perdiz II, naquele município, foi até o Bailão do Catarina e ficou ali durante toda a madrugada. Estes indivíduos se envolveram em uma confusão com rapazes que residem no Jardim Acrópole, na Vila Trindade, Cajuru, em Curitiba. Após discutirem, os jovens que moram em Pinhais foram embora de táxi. O taxista fez a corrida, recebeu e retornou para o ponto. Só que, assim que chegou, os moradores do Cajuru o obrigaram a levá-los até o local onde havia deixado os passageiros anteriores.

Tiros

Eram 5h20 quando o relógio despertou e o pintor José Ricardo Vicente, levantou para ir trabalhar. Ele se despediu da mulher Márcia Ribeiro Campos, 25 anos, e da filha do casal, de 4 anos e saiu de casa, na Rua Pixoxo, de bicicleta. Ele se dirigiu para a Rua Silvino Salas, onde iria aguardar um outro trabalhador, que iria dar uma carona até o local onde iria prestar seus serviços.

Enquanto aguardava, resolveu conversar com um grupo de amigos. De repente encostou o táxi Parati e uma Ipanema cinza. Cerca de 10 homens desembarcaram e com arma em punho efetuaram mais de vinte tiros. Foi uma “chuva de balas”. As pessoas que estavam reunidas se dispersaram. A maioria saiu ilesa. José Ricardo, que nem sabia o que estava acontecendo foi assassinado. André, Claudemir, Denival e a garota foram baleados e socorridos. André morreu no início da manhã. “O José Ricardo era um trabalhador. Nem tinha saído. Mataram a pessoa errada”, lamentou a mulher do pintor, Márcia Ribeiro Campos.

Investigações

Os policiais já sabem onde os criminosos residem. “Estamos trabalhando para colocá-los atrás das grades, já que fugiram”, afirmou Valdemir. Ele disse que o delegado Gerson Machado está aguardando a apresentação espontânea dos atiradores. Caso isto não ocorra, será pedida a prisão preventiva deles.

Voltar ao topo