Brasileiro que morava na Itália é morto em Curitiba

Os sonhos do eletrotécnico Florelino Ranghetti, 43 anos, para dar uma vida melhor à esposa e aos dois filhos acabaram de forma brutal. Ele foi assassinado durante tentativa de assalto, ontem à tarde, ao deixar uma agência bancária no Alto da XV. Florelino morava há cinco anos na Itália, e estava em Curitiba há nove dias, para comemorar o aniversário do filho mais novo.

O eletrotécnico foi até a agência do Banco do Brasil, na Rua XV de Novembro, onde sacou R$ 3.700, às 14h30. Colocou o dinheiro em uma bolsa e caminhou até a Avenida Marechal Deodoro, rumo ao ponto de ônibus.

Florelino não percebeu que era seguido por dois marginais, em uma motocicleta. A dupla anunciou o assalto e o eletrotécnico reagiu. Com um tiro no ombro, caiu ferido com o malote nas mãos. Os bandidos fugiram sem levar o dinheiro.

Socorro

Rapidamente, médicos do Hospital Menino Deus, situado na mesma avenida, correram em seu socorro. O Siate chegou em pouco tempo e os socorristas tentaram reanimá-lo, porém, nada adiantou. O tiro perfurou o pulmão da vítima, o que impossibilitou Florelino de continuar respirando. Ele morreu dentro da ambulância.

Apesar do movimento de pessoas na avenida, a polícia conseguiu poucas informações sobre o crime. Alguns funcionários de estabelecimentos da região contaram apenas que ouviram dois disparos e viram uma motocicleta de cor prata sair em alta velocidade, rumo à Avenida Victor Ferreira do Amaral. Um dos bandidos estaria usando uma jaqueta marrom.

Sonhos

Florelino morava em Verona, na Itália, há cinco anos. Lá, trabalhava como eletrotécnico e sempre mandava dinheiro para custear as despesas da esposa e dos filhos, de 2 e 8 anos. No último dia 2, ele chegou a Curitiba para o aniversário do filho mais novo, comemorado no sábado.

Segundo o irmão da vítima, César Ranguetti, Florelino tinha muitos sonhos e trabalhava para realizar o mais importante deles: juntar dinheiro e voltar para Curitiba no próximo ano para ficar perto da família e montar seu próprio negócio. “Estamos em choque. Ele veio da Itália para morrer aqui, de forma tão absurda”, disse o irmão.