Virou festa!

Bandidos explodem mais um caixa eletrônico

O mesmo desespero vivido por funcionários de mercados em Campo Magro, Colombo e do Auto Shopping Curitiba, na Linha Verde, só nesta semana, se repetiu na manhã desta sexta-feira (20) em outro pequeno mercado de Araucária. A gangue da dinamite atacou novamente.

Desta vez, quatro homens armados de pistola chegaram em um Clio prata, às 8h10, na Rua Amor Perfeito, bairro Campina da Barra. Três deles estavam encapuzados, e um usava boné. Eles renderam o homem que colava cartazes na entrada do estabelecimento, que abrira para atendimento ao público dez minutos antes.

A funcionária do caixa e outros três colegas de trabalho foram levados para os fundos. Um dos integrantes da quadrilha explicou que era um assalto, e que todos deveriam se proteger porque eles iriam explodir o caixa eletrônico. O proprietário do estabelecimento, Roney Wessling, estava em casa, nos fundos do mercado, quando ouviu a explosão.

“Saí correndo e já encontrei um funcionário deitado, pra fora. Mal deu tempo de entender o que estava acontecendo e já ouvimos o barulho do carro deles cantando pneu. Eles fugiram muito rápido”, conta. Leitores da Tribuna informaram que, assim que ouviram a explosão, ligaram para a Polícia Militar, mas a viatura só chegou meia hora depois.

As imagens do circuito interno de segurança do mercado, mantidas em sigilo pela polícia, mostraram os suspeitos usando um pé de cabra para abrir uma porta do caixa do Banco 24 Horas. Eles ainda aparecem colocando a dinamite, mas as câmeras travaram com a explosão. Os assaltantes passaram a usar luvas para deixar menos pistas.

Quinze dias antes do roubo, a empresa responsável pelo caixa instalou um dispositivo de segurança que solta tinta sobre as notas. A polícia acredita que o bando tenha levado pouco dinheiro, já que o caixa havia sido abastecido apenas na sexta-feira (13), e que as notas levadas estejam manchadas.

Insegurança

Roney garante que pediu ao banco a retirada do caixa eletrônico quando aconteceu o primeiro ataque na cidade, em outro mercado que fica no Jardim Tupi, em novembro do ano passado. “Eles me disseram que não é bem assim, que tem contrato, e insistiram para deixar o caixa aqui. Eu não queria”, lamenta.

Ele e outros donos de mercados que oferecem o serviço do caixa eletrônico estão preocupados. O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba divulgou uma nota recomendando que eles exijam regras de segurança a serem adotadas pelos bancos, como vigilância patrimonial e monitorada, para coibir a ação da gangue.

Na nota, o Sindicato questionou a ação da polícia, dizendo que os freqüentes ataques deixam “transparecer que a polícia não está preparada para conter a ação desses criminosos, que atuam de forma desenfreada na Capital e RMC como se não houvesse policiamento nas cidades, ao ponto de dispararem tiros para o alto e saírem comemorando o sucesso  de suas ações”.

Confira a galeria de fotos da destruição com a explosão do caixa.