Bairro mais violento de Piraquara volta a ser palco de crime

Em plena luz do dia, a Rua do Jatobá, no Jardim Holandês, Piraquara, serviu como cenário para uma sangrenta execução. Alexandre Couto Antunes, 27 anos, foi assassinado na manhã de ontem com uma saraivada de 14 tiros, que atingiram seu corpo quase por inteiro. O silêncio dos moradores e da própria família da vítima, diante da polícia, evidenciou que, mais uma vez, o medo impera no local.

O crime aconteceu por volta das 11h da manhã, quando várias pessoas transitavam pelo bairro. Apesar da movimentação, ninguém falou ter visto os assassinos ou ouvido os disparos. Quando os policiais chegaram, encontraram Alexandre caído de bruços sobre a rua de terra, e dezenas de curiosos em volta do corpo. “A única informação obtida no local foi que, na noite de sábado, Alexandre havia participado de um assalto. Mas o garoto que falou isso sumiu rapidamente e não deu mais nenhum detalhe do que teria acontecido”, contou o investigador Jemerson Trefflis, da delegacia de Piraquara.

Horas depois do crime os familiares da vítima compareceram na delegacia, para retirar a guia de necropsia, e foram questionados pelo investigador. “Eles não responderam nenhuma pergunta que fiz e disseram não saber porque isso aconteceu. Porém é preciso lembrar que ninguém morre com 14 tiros por acaso”, afirmou o policial.

Tiros

A perícia criminal constatou que, dos 14 tiros, quatro deles acertaram a cabeça da vítima e três as nádegas. Cartuchos deflagrados de pistola 380 e de revólver calibre 32, indicaram que pelos menos dois assassinos participaram da execussão. “No mundo do crime quando alguém é baleado nas nádegas, significa um castigo por ter entregue alguém ou alguma informação à polícia”, explicou o investigador.

Alexandre era aposentado, porque não enxergava com um olho, amasiado e pai de um filho. As investigações estão sob responsabilidade da delegacia de Piraquara.

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