Assessor ferido com caneta-revólver está bem

Luiz Gabriel Costa Passos, assessor do secretário de Segurança Luiz Fernando Delazari, deve voltar ao trabalho na segunda-feira. Ele se feriu terça-feira, acidentalmente, ao manusear uma caneta que dispara balas calibre 22, quando estava sentado à mesa de seu gabinete. A caneta, na verdade uma arma disfarçada – cujo uso é proibido por lei no País -, foi presenteada ao secretário Delazari pelo ouvidor das policias, Luiz Bordenowski . Desconhecendo suas características, ao fazer uso de um objeto aparentemente inofensivo, Passos acabou ferindo a própria mão com um disparo que fraturou o quinto metacárpio e deixou um ferimento de cerca de dois centímetros de diâmetro.

Conduzido ao Hospital de Fraturas da Rua XV, foi operado pelo especialista em cirurgia da mão, Luiz Carlos Sobania. Segundo o médico, a recuperação vai ser rápida – a lesão é considerada simples – mas o paciente ficará com o dedo imobilizado por seis semanas.

Pena

Vários advogados criminalistas, em contato com a redação da Tribuna, lembraram que o uso de caneta-revólver ou qualquer outro tipo de arma dissimulada, com aparência de objeto inofensivo, é proibida na letra O, do artigo 160 do decreto federal 55.649, de 28 de janeiro de 1965. O desrespeito à lei prevê punição com pena de 2 a 4 anos de reclusão.

Explicações

Em nota oficial, divulgada ontem, a Secretaria de Segurança Pública deu a seguite explicação para o incidente:

“Na quarta-feira o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Ferreira Delazari, recebeu de um amigo, Luiz Bordenoski, ouvidor da Policia Civil do Estado, em visita ao seu gabinete, uma caneta-revólver para um projétil, calibre 22. A caneta pertencia ao acervo pessoal do professor Edward Resende Pimenta, já falecido, que era ex-delegado-geral e ex-corregedor da Polícia Civil. Este objeto foi entregue para ser enviado à Delegacia de Armas e Munições (Deam) de Curitiba.

No mesmo dia, em despacho normal, o secretário pediu para seu assessor especial, Luiz Gabriel Costa Passos, perito criminal há mais de vinte anos, para que encaminhasse a caneta à DEAM.

Ao manusear a caneta, o perito feriu-se acidentalmente com um disparo. Nem o secretário nem o ouvidor, nem o perito sabiam que a arma estava municiada.

Lamenta-se o fato ocorrido, mas esclarecemos que todas as providências pertinentes estão sendo tomadas. No ato, o assessor foi socorrido, o fato comunicado à Polícia Civil e foi chamada a perícia técnica.”

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