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| Sirlei foi morta dentro de casa: triste |
Transtornado pelo ciúme, o segurança Adair Barroso Santos, 32 anos, assassinou, na tarde de ontem, a esposa Sirlei Leal, 27, dentro da residência do casal, na Rua Formosa do Oeste, Bairro Guaraituba, em Colombo. Em seguida, foi ao local onde prestava serviço – uma grande empresa metalúrgica – em Pinhais, e executou o companheiro de trabalho, Aparecido Costa Viana, 30 anos. Na cabeça do assassino – incentivada por provocações de terceiros -, Sirlei e Aparecido poderiam ter um caso amoroso, fato que foi desmentido por familiares da vítima e vizinhos que conviviam diariamente com Sirlei.
De acordo com uma amiga próxima de Sirlei, o segurança havia agredido fisicamente a esposa há cerca de vinte dias, o que motivou a separação do casal. Teria sido a gota d’água para o relacionamento de seis anos, já que nos últimos meses eles discutiam constantemente. Na ocasião, Adair saiu de casa.
Mas, no último domingo ele retornou para tentar uma reaproximação e teria sido bem aceito pela mulher. A paz conjugal durou até a tarde de ontem quando, após uma discussão, o segurança sacou de seu revólver e fuzilou Sirlei. Moradores disseram ter ouvido, pelo menos, três tiros. A mulher foi alvejada no peito e caiu no chão da sala da residência, ao lado do sofá. Consumada a tragédia, Adair entrou em seu Corsa, placa AFV-2087, e fugiu. Vizinhas da moça entraram na casa e depararam com ela caída, ainda agonizando.
Ciúmes
O caminho tomado por Adair foi em direção à Pinhais, mais precisamente à Rua Maringá, sede da empresa onde trabalhava. Bastante transtornado, segundo informações de funcionários, o segurança entrou no local e começou a gritar pelo nome de Aparecido. Quando o rapaz veio para conversar e saber o que estava acontecendo foi recebido a bala. Aparecido foi socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital Cajuru, mas faleceu logo depois.
De acordo com o superintendente Job de Freitas, da delegacia do Alto Maracanã, há indícios de que o autor tenha premeditado o crime. O irmão da vítima, José Carlos Leal, confirmou que o casal brigava constantemente e comentou que um dos motivos para Sirlei ter aceito reatar a relação era porque Adair garantiu que havia vendido a arma. "Ele chegou a mostrar o dinheiro da suposta venda do revólver", contou. José ainda revelou uma história que pode ter incentivado o duplo homicídio.
Adair, Sirlei e Aparecido trabalhavam na mesma empresa e eram amigos. Mas ultimamente, o ciúme começou a deixar Adair transtornado. Esse sentimento ganhou mais força a partir de brincadeiras de mau gosto realizadas por companheiros de trabalho. Quase que diariamente, ele encontrava escrito no espelho do banheiro da empresa frases que insinuavam que estava sendo traído. "O Adair comentou que encontrou a palavra "chifrudo" escrita diversas vezes", disse José.
Diante dessa situação, o segurança solicitou que a esposa saísse do trabalho, pedido que foi atendido. "A Sirlei gostava muito do marido e saiu do emprego. Pegou a rescisão há poucos dias", relatou uma vizinha. Mas a prova de amor dada por Sirlei não foi o bastante e ontem o ciúme superou a razão, provocando dor em duas famílias.