O desentendimento entre membros de uma quadrilha de assaltantes de motocicletas, de São José dos Pinhais, resultou em pelo menos quatro assassinatos e um baleado, desde janeiro passado.
A última vítima foi Jessé Maycon de Farias, 17 anos, o “Traquina”, executado a tiros por volta das 21h30 de quarta-feira, na Rua Platão, Jardim Aristocratas. O autor já está identificado, mas conseguiu escapar do cerco policial ontem pela manhã.
Segundo informações do delegado Osmar Dechiche, Jessé estava dentro do Gol placa AIU-6743, parado na Rua Platão, quando um carro de cor escura, possivelmente um Palio, se aproximou, ocupado por dois indivíduos armados com escopeta e uma pistola.
Jessé abandonou o carro e correu. Levou dois tiros nas pernas, caiu, e em seguida um balaço na cabeça. Jessé iria completar 18 anos em agosto, mas já tinha extensa ficha criminal por envolvimento em roubos e furtos de motos, além de porte ilegal de arma.
Autor
Roberto de Miranda, chefe de investigações, revelou que o autor do crime é o ex-presidiário Jhones Garcia Leal, 20, que tem antecedentes por roubo e tráfico. Ele conseguiu escapar da polícia, ontem de manhã.
Em sua casa, a polícia encontrou uma carabina calibre 12, um colete da Polícia Militar e outro azul. Lá também estavam o Palio placa MEA-9621 (Itajaí-SC) e a moto Fan 125 preta, AQA-3960. A moto, apurou Miranda, tem as mesmas características descritas por vítimas de roubo.
Quadrilha
O desentendimento da quadrilha começou quando Robson Coradin de Souza, o “Urso”, e Maykon Roberto Pedro, o “Pena”, sumiram com uma das motos roubadas pela quadrilha.
Isso causou discórdia entre o bando, que começou a matar um ao outro. O primeiro foi Maykon, executado em 30 de janeiro. Em 25 de junho, Amauri Antônio Pereira, 26, sofreu um atentado dentro do Posto Cônsul, na BR-376, no bairro Bom Jesus, mas sobreviveu. No dia seguinte, Roni Callegarin, 18, foi morto no lava-car de seu padrasto. Na noite seguinte, Carlos Amaro da Silva Ferreira, o “Carlão”, foi executado.