Assaltantes atacam de funcionários de confeitaria

Depois de manter três funcionários de uma confeitaria reféns, por mais de uma hora e meia, dois homens foram presos em flagrante, na manhã de ontem, ao deixar o estabelecimento, na Avenida dos Estados, Água Verde.

Foram presos Júlio César Silva Gonçalves, 37 anos, que saiu de portaria da Colônia Penal Agrícola (CPA) para passar o fim de semana com a família, e o comparsa Marcos Gildo dos Santos, 32.

Com eles, foi apreendido um revólver calibre 38 com seis munições intactas. Um funcionário, que preferiu não se identificar, relatou que os marginais entraram no estabelecimento, por volta das 7h15, e deram voz de assalto.

Um deles, que estava armado, rendeu os funcionários e ordenou que o padeiro, a auxiliar e o balconista deitassem. As vítimas tiveram os pés e as mãos amarrados e foram amordaçados. “Fomos presos com lacres de plástico”, contou a mulher, mostrando os pulsos machucados.

“Funcionário”

Vários clientes entraram no estabelecimento, durante o assalto, e o bandido vestiu o jaleco branco e atendeu normalmente, se apresentando como novo funcionário do estabelecimento. Além de vender pão, leite e outros produtos, o ladrão cobrou, guardou o dinheiro no bolso e deu o troco aos clientes.

O dono do estabelecimento, que estava no escritório, percebeu que os funcionários estavam muito tempo em silêncio e nenhuma máquina havia sido ligada.

“Ele olhou por uma fresta e viu um funcionário deitado no chão, preso e amordaçado, e ligou para a esposa avisar a polícia”, contou uma das vítimas.

Um cliente, que achou estranho a ação do “novo funcionário” também chamou a polícia. “Conseguimos deter Júlio na entrada da confeitaria e Marcos ainda com os funcionários rendidos”, contou o policial Josmar, da Companhia de Operações e Eventos.Marcos e Júlio foram levados ao 2.º Distrito Policial (Rebouças) e autuados em flagrante por assalto à mão armada.

Júlio deveria voltar até as 11h de ontem à CPA. Como foi preso, seria encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (COT) para cumprir o restante da pena em regime fechado.