Aposentada é encontrada morta no Campina do Siqueira

A polícia continua empenhada na investigação para esclarecer o assassinato da aposentada Iracy Sass Dineff, 91 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de casa (no Campina do Siqueira), nu e na cama, na noite de sexta-feira.

O crime chocou inclusive os policiais que atenderam a ocorrência, devido a idade avançada da vítima e a forma cruel como foi praticado. Ela foi esganada e há suspeita de que ela tenha sofrido violência sexual.

A descoberta do corpo da aposentada aconteceu cerca de seis horas antes do homicídio que vitimou Vanderlea Tosta, a “Xuxa”, em um bairro que não registrava mortes violentas desde dezembro.

A residência da aposentada fica a pouco mais de um quilômetro da casa de “Xuxa”, um trajeto que pode ser feito em 15 minutos a pé, ou em apenas 4 minutos de carro.

O último crime ocorrido no Campina do Siqueira foi em 21 de dezembro passado e guarda detalhes semelhantes à morte da aposentada. O professor de futebol Jorge Luiz de Morais, 40, foi degolado dentro da própria residência e no local foram encontradas várias garrafas de bebida alcoólica.

Na Casa de Iracy, embora ela não bebesse nem fumasse, a polícia encontrou garrafas vazias de cerveja na cozinha e bitucas de cigarro, indicando que o assassino (ou assassinos) permaneceu bastante tempo no interior da casa

Casa revirada

O delegado Rafael Vianna, da Homicídios, apurou junto à perícia que Iracy foi morta entre terça ou quarta-feira da semana passada. Mas o corpo só foi encontrado sexta-feira à noite, por uma sobrinha que foi ver se ela estava bem.

Vizinhos estranharam não ter visto a idosa na rua e a falta de movimento na casa e chamaram a família. Alguns cômodos da residência estavam revirados. No entanto, a família não sentiu falta de nada de valor.

A última pessoa vista na casa foi um homem que mora pelas ruas do bairro e vive de pequenos serviços nas casas da redondeza. Para Iracy, ele fazia o jardim e pequenos consertos no imóvel.

Apesar disso, disse o delegado, o andarilho ainda não é tido como suspeito. Mesmo assim, ele deverá ser procurado para que descreva a última vez que esteve com a aposentada.