Apagaram o líder comunitário

Com três tiros, Paulo Antônio da Silva, mais conhecido como "Paulão", foi executado por volta das 7h30 de ontem, em frente de sua casa, na Rua Coleiro, no Jardim Sol Nascente, em Araucária. Paulo era presidente da Associação de Moradores Criança Feliz, do bairro, há onze anos. Há um ano e quatro meses, seu filho, Paulo Renato da Silva, foi morto a pedradas no bairro. A polícia acredita que a morte de Paulo e de seu filho estejam interligadas.

A mulher de "Paulão", Conceição da Silva, informou que na sexta-feira, por volta das 23h45, dispararam vários tiros na porta de sua casa. "Ele denunciou algumas gangues à polícia, pode ser isso. Meu marido morreu com coragem. Ele conseguiu reduzir pela metade os crimes na pista do skate. Por traz dos pequenos marginais, estão os grandes. Ele não tinha medo", disse Conceição.

Tiros

Ontem pela manhã, Paulo saiu para limpar a cancha de futebol, situada em frente à sua casa, quando dois homens, ocupando uma motocicleta Honda, cor escura, passaram atirando. A fuzilaria atingiu o objetivo, matando "Paulão" com um tiro na cabeça e dois no peito. Também foram achadas várias cápsulas calibres 380 e nove milímetros, indicando que os autores usaram armamento pesado.

Edson de Andrade Vieira, superintendente da delegacia de Araucária, acredita que a morte de "Paulão" e a do filho têm ligação. "O Paulo Renato era um rapaz complicado. Ele chegou a ficar preso na delegacia durante três meses por roubo. Era viciado em drogas", disse Edson. Ele lembrou que na época do crime, um suspeito chegou a ser preso, mas como não havia provas, foi liberado. "O homicídio do Paulo Renato não foi solucionado até hoje", lembrou o policial.

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