Arrependido das agressões que cometeu contra a mulher – a quem mordeu, esfaqueou e ainda tentou atear fogo nos cabelos -, Valdeci Vaz Peixoto, 25 anos – morador em Pinhais – colocou fim à própria vida. Ele ingeriu grandes doses de diversos remédios e morreu envenenado, na noite da última quarta-feira.
Segundo o relato da mulher, Adriana de Fátima Morfigo, 24, aos policiais da delegacia local, o casal começou a discutir no último domingo. Na terça-feira eles tiveram uma nova briga, por causa de ciúmes, e Valdeci ficou descontrolado. Ele mordeu o rosto da mulher, esfaqueou a mão dela e ainda tentou atear fogo em seus cabelos. Valdeci a proibiu de pedir socorro, obrigando-a a dormir ferida, ao seu lado.
No dia seguinte, Adriana foi até o Hospital Cajuru para receber atendimento médico e, quando voltou para casa, descobriu que o marido estava morto. Ela não retornou antes porque o marido tinha prometido matá-la e esquartejá-la. Sozinho, ele resolveu morrer envenenado.
Vizinhos contaram que Valdeci começou a gritar e quebrar objetos dentro de casa, e quando saiu para a rua, caiu agonizando, espumando pela boca e nariz. Um vizinho chamou socorro, mas o homem não resistiu. Dentro da casa foram encontradas diversas caixas de remédios abertas. Valdeci também havia comprado uma caixa de veneno contra ratos, mas esta não foi encontrada. Somente exames no Instituto Médico-Legal poderão diagnosticar qual substância causou a morte dele.
Na casa, Adriana recolheu uma foto deles, onde atrás Valdeci deixou frases de despedida. "Quando ler essa mensagem já será tarde demais. Nunca mais quero fazê-la sofrer. Quero que seja feliz", escreveu. O casal tinha um filho de seis anos.